A Roda de Saberes realizada neste domingo (6), na Arena Cultural da 11ª Bienal do Livro de Campos, uma promoção da Prefeitura por meio da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), debateu o tema “Ecoeducação: Possibilidades de Aprendizagem para além da sala de aula”, reunindo o biólogo da prefeitura de Campos, Júlio Carlos da Silva, a representante da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Caruara (São João da Barra), Priscila Pessanha, o engenheiro ambiental, Namir Júnior, a subsecretária de Turismo de Campos, Patrícia Cordeiro, tendo como mediador, Lebron Victor.
“O Centro de Educação Ambiental, ligado a subsecretaria municipal de Meio Ambiente, vem desenvolvendo há seis anos um trabalho de Educação Ambiental e todos sabem que o trabalho não é fácil e nem a curto prazo. Dentro das nossas atividades, a parte do turismo tem importância gigantesca na Educação Ambiental, abrangendo a Serra do Itaóca, Lagoa de Cima e a praia do Farol. Nosso trabalho está focado dentro das ações do Programa Municipal de Educação Ambiental (ProMEA) e dentro das políticas estadual e federal de meio ambiente. A gente faz o máximo para passar conhecimento para as crianças, que são sementinhas. Os frutos vamos colher lá na frente”, detalhou o biólogo Júlio Carlos da Silva.
Já Priscilla Pessanha, da RPPN Caruara, elogiou o espaço aberto pela Bienal, uma oportunidade de comungar propósitos, frentes diferentes que se complementam. “Quando se fala de questões ambientais, estamos falando de questões cotidianas. Não tem como dissociar questões ambientais do nosso dia a dia. Não cabe a nós só implementar se a implementação não gera alcance, acesso. A RPPN é uma iniciativa privada desenvolvida pelo Porto do Açu, a maior unidade privada dedicada à preservação do ecossistema de restinga”, disse.
O engenheiro ambiental, Namir Júnior, destacou que a preocupação é que o mundo vire um lixão. “O lixo gerado em qualquer atividade, se for bem reaproveitado gera uma economia muito grande, tanto para quem gera como para quem protege o meio ambiente”. Ele acentuou que há uma grande dificuldade sobre o desenvolvimento sócioeconômico. A gente tem que ter um equilíbrio, se a gente não fizer ações voltadas para a preservação, a conta que chegará será muito cara. Para recuperar uma área degradada, serão precisos 15 a 20 anos”, afirmou.
A subsecretária de Turismo, Patrícia Cordeiro, disse que na área ambiental é uma oportunidade excelente compartilhar sucessos e empenho, já que são muitos os desafios. “O eixo do ecoturismo é muito importante para o turismo pedagógico, porque trata da consciência cidadã e ambiental também. Não é fácil ordenar a Educação Ambiental e a forma que um turista se comporta. Isso vem da má formação geracional. A gente fala de Sustentabilidade e de Consciência Ambiental há muito pouco tempo, e a discussão começou a partir da Eco-92”, ressaltou. Ela lembrou que para o Poder Público é muito desafiador. “A gente não consegue fazer nada, dar um passo, se não tiver o apoio da academia, apoio científico e o apoio da iniciativa privada”.
A Bienal 2022 homenageia o Bicentenário da Independência e o Centenário da Semana de Arte Moderna. Ao todo são 250 mil títulos e 6 mil lançamentos literários. A Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) reúne 19 editoras e 90 diferentes selos. Entre as editoras participantes através da ABDL, Autêntica, Ciranda Cultural, Culturama, DCL, Florescer, Girassol, Global, Globo, Leya Malê, Melhoramentos, Nova Fronteira, Panini, Planeta, Prolezo, Record, Rocco e Vozes, além da Editora Paulinas.
O evento tem como parceiros, ainda, a secretaria municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), Polo Arte na Escola-Uenf e SESC-RJ, Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL); Guarus Plaza Shopping e Cine Uniplex Guarus. O patrocínio é do Sico