Criatividade! Essa é a palavra que define a Escola Branca Peçanha, no Parque Eldorado. A unidade criou um caminho sensorial junto à Sala de Recursos, com pneus, areia, pedrinhas e muito colorido. A diretora da instituição Neilce Faquer, conta que o espaço, além de divertido, auxilia no desenvolvimento de noções de autonomia, relacionamento com o ambiente, coordenação motora fina e percepções sensoriais.
Neilce conta que o caminho foi idealizado pela professora Fabiana Assis, com a ajuda dos funcionários. Ela diz que aprovou a iniciativa, pois, no início da profissão, como professora do Estado, trabalhou com portadores de necessidades especiais e sala de recurso e conhece a importância desse trabalho na vida escolar das crianças.
“A Sala de Recursos auxilia o trabalho do professor de sala de aula e ajuda a criança com deficiência a chegar a uma aprendizagem significativa de acordo com cada deficiência. Para isso investimos em jogos, brinquedos, computadores, impressora e outros materiais relacionados. Em 2019, foi-me oferecida a oportunidade de ter essa sala em nossa escola. Mais um desafio para uma unidade escolar com mais de 1.000 alunos e sem estrutura física para tal na época. Pensando em todas as crianças que necessitam desse atendimento tão importante, resolvi enfrentar mais esse desafio. Para mim, enquanto gestora, é gratificante ver o desenvolvimento dessas crianças e o resultado pedagógico que eles apresentam depois do atendimento da sala de recurso”.
Professora da Branca Peçanha há mais de 18 anos, Fabiana de Assis conta que o caminho sensorial é um recurso utilizado para divertir e fazer com que as crianças explorem os sentidos, ajudando a criança a tocar e brincar com diferentes tipos de texturas. Ela explica, ainda, que a medida que a criança desenvolve confiança e compreensão dessa textura, caminhos positivos e conexões nervosas são construídos no cérebro, desenvolvendo habilidades motoras e várias outras habilidades que são bastante positivas com os alunos da sala de recursos.
“Tudo que posso fazer para ajudar no desenvolvimento dos alunos eu tento fazer, mesmo que dê trabalho. O caminho sensorial é um dos instrumentos usados para esse fim. O circuito ajuda no desenvolvimento da coordenação, concentração e criatividade. Toda ferramenta é válida e tudo que é feito com amor dá frutos e nossa escola já está colhendo esses frutos”, acredita Fabiana.
JARDIM SENSORIAL – O primeiro Jardim Sensorial da Rede Municipal foi criado na Cidade da Criança Zilda Arns. Segundo a coordenadora de Ciências da Natureza e Educação Ambiental da Seduct, Ísis Vivório, neste caso, o serviço contempla não somente os alunos da rede municipal de ensino que frequentam a Escola de Aprendizagem Inclusiva, mas também, a população em geral que visita o parque nos finais de semanas e feriados, sejam crianças ou adultos.
“É destinado à comunidade em geral e, também, às pessoas com limitações físicas (pessoas cegas, com baixa visão e cadeirantes). Estamos utilizando espécies de plantas que despertem os sentidos e façam com o que alunos - com deficiência ou não - participem das atividades juntos. O Jardim terá, ainda, em breve, uma cascata com água para mostrar o barulho e a importância desse recurso para a sobrevivência das plantas”, explicou Ísis.