Técnicos da Prefeitura de Campos e Governo do Estado iniciaram nesta quarta-feira (21), estudo topográfico, sondagem e laboratorial do solo para reconstrução do dique da Avenida XV de Novembro, que cedeu na noite da última segunda-feira (19), após fortes chuvas.
O prefeito Wladimir Garotinho, acompanhado do subsecretário de Estado de Cidades, Bruno Vila Ferreira, estiveram no local com a Defesa Civil Municipal e equipe de engenheiros da Prefeitura e Estado, a fim de traçar as primeiras ações para o início dos trabalhos. O estudo preliminar de contenção deve ser feito em cinco dias e a previsão é que as obras sejam concluídas em até seis meses.
O trecho da Avenida XV de Novembro deve continuar interditado por cerca de três meses e só após esse período poderá ser liberado meia pista para fluxo de veículos. O prefeito espera que até esta quinta-feira (22), seja concluído o laudo técnico para saber o motivo do rompimento do dique. “Ainda hoje vai ser iniciado o trabalho de topografia, sondagem e de laboratório para identificar as questões relativas ao solo, visando buscar solução técnica para esse problema, que é algo atípico. Esse dique existe há mais de 58 anos e nunca tivemos nenhum tipo de problema. A área está sob controle, caso alguma coisa mude, vamos avisar”, disse o prefeito.
Wladimir explica que toda ação deve ser muito bem planejada. “Estamos nos aproximando do período de cheia do rio, temos que levar essa situação em consideração, já que é uma agravante. A solução técnica tem que pensar nesta questão, para que não se perca o serviço que vai ser iniciado aqui”, ressaltou.
O secretário de Estado de Cidades, Bruno Vale Ferreira, falou sobre o trabalho inicial. “É preciso fazer um estudo, a fim de darmos início ao trabalho com segurança. Vamos tentar concluir essa obra o mais rápido possível, tendo um prazo máximo de 180 dias. A avenida segue totalmente interditada, mas vamos trabalhar para que em torno de três meses seja liberada uma faixa do trânsito, a fim de minimizar os transtornos. Com a Prefeitura vamos fazer os levantamentos para identificar a possibilidade de ter outro ponto com problema. O Estado e a Prefeitura vão estar trocando informações”, afirmou.
LIXO
Wladimir faz um apelo para que a população não jogue lixo e entulho na rua. “A princípio, uma das hipóteses seria o rompimento da galeria pluvial e, também, da adutora da Águas do Paraíba, que não teriam suportado o volume de água e nem de lixo dentro do bueiro. Com a galeria entupida com lixo, a água faz pressão e acaba estourando, por isso pedimos que a população não jogue lixo na rua. Fizemos uma ação emergencial no entorno do Mercado Municipal, em que foram retiradas 20 toneladas de lixo. Este é um local onde é feito um trabalho global de desobstrução de três em três meses, fora o que é feito diariamente, mas foi encontrado muito lixo nos ralos e galerias. E, quando chove muito, ela não suporta. Queremos pedir ajuda da população para que não joguem lixo na rua”.
A Secretaria de Serviços Públicos conta com 19 caminhões de coleta de lixo domiciliar, que coletam, diariamente, cerca de 180 toneladas de lixo em todo o município. Às segundas, quartas e sextas-feiras, a coleta é realizada no lado direito do rio e, às terças, quintas e sábados, no lado esquerdo. O secretário da pasta, Fred Rangel, pede para que a população se programe e coloque o lixo na frente de suas casas, próximo à passagem do caminhão de coleta, pois quando chove, esse lixo também é levado para os bueiros e ralos.
O município ainda conta com oito entulhódromos, localizados no Parque Santa Rita, Flamboyant, Zuza Mota, Penha, Julião Nogueira, Nossa Senhora do Carmo, Jockey e Caju. “Para o próximo ano, outros dois vão estar disponíveis para a população fazer o descarte de seu entulho, pois quando se joga o entulho na rua ou em terreno baldio e vem uma chuva forte, esse material vai pro ralo, do ralo vai para galeria e vai entupir. Faço apelo a população, não jogue lixo na rua, não jogue entulho na rua. O mesmo acontece com os piscinões, a bomba é feita para sugar água, quando entra o material sólido ela queima e não faz o seu trabalho”, explica o prefeito.
A subsecretária de Limpeza Pública, Praças e Jardins, Simone Muniz, afirma que diariamente as equipes de varrição realizam a limpeza de bueiros. “Esse trabalho de limpeza de bueiros facilitou o escoamento em muitos locais, porém onde há liberação de grande volume de lixo na rua, o escoamento da água da chuva foi mais demorado”.