Com o Monitoramento Rápido de Cobertura Vacinal (MRC), que terminou na última terça-feira (20), e demais estratégias adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde, como vacinação noturna e nas escolas da rede municipal, força-tarefa de multivacinação e Dia D, Campos alcançou uma taxa de cobertura vacinal variando entre 67% e 96% para sarampo e 75% e 91% para poliomielite.
“Uma notícia importante para as famílias. Batemos a meta de crianças vacinadas em Campos. Tudo isso graças ao planejamento da Secretaria de Saúde, que teve a ideia de vacinar diretamente nas escolas, creches e nos bairros da cidade”, disse o prefeito Wladimir Garotinho.
O percentual é referente às visitas domiciliares feitas durante o MRC, que totalizaram 1.437, para avaliar e melhorar a cobertura vacinal das crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. O índice é superior ao apontado pelo Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) do Ministério da Saúde, que estava entre 50% e 60%.
Levando em consideração a vacina contra o sarampo, o percentual chegou a 96,05% na faixa etária dos 4 anos de idade. Já as crianças na faixa etária dos 3 anos, 94,94% e 2 anos, 88,66%. Na faixa etária de 1 ano e 3 meses a 1 ano e 9 meses, 88,73% e 1 ano a 1 ano e 2 meses, 76,14%. Entre 6 meses a menor de 1 ano, 67,05%.
Já a vacina contra a poliomielite alcançou maior cobertura entre as crianças de 3 anos, que foi de 91,58%, seguida pelas de 2 anos, 90,33%. O alcance das crianças na faixa etária dos 4 anos chegou a 88,63%. Para os que têm 1 ano de idade, 87,83% e entre 6 meses e menor de 1 ano, 75%.
"Quero expressar a minha gratidão aos pais que atenderam ao chamamento e levaram seus filhos para serem imunizados. Essa foi uma luta de todos nós para garantir o direito das nossas crianças a uma saúde plena e de qualidade. Continuem imunizando seus filhos. Acreditem nas vacinas, porque elas salvam vidas. Meu obrigado a você pai, mãe e responsável por ter entendido a importância de vacinar os filhos e atendido aos nossos apelos e recomendações" declarou o secretário de Saúde, Paulo Hirano.
Durante o MRC, as equipes aplicaram 440 doses do Calendário Básico de Vacinação, 82 contra a paralisia infantil (poliomielite) e 75 contra o sarampo (tríplice viral). “O número de doses aplicadas não foi tão expressivo porque a maioria das crianças já estava vacinada devido às ações realizadas pelo município”, explicou o subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), médico infectologista Rodrigo Carneiro.
Ele ressaltou que a divergência entre os índices apresentados pelo município e pelo Governo Federal se deve às ferramentas utilizadas pelo Ministério da Saúde, que não são eficazes para avaliação em tempo real da cobertura vacinal.
“O próprio Estado reconhece a dificuldade em conhecer a atual cobertura vacinal dos municípios. Tanto que adotou o MRC nas 92 cidades fluminenses, através de pesquisa por amostragem da população, para levantar esses números”, explicou o médico, ressaltando que não houve investimentos por parte do Governo Federal nos últimos quatro anos na área da Saúde e, consequentemente, no Programa Nacional de Imunização (PNI).
Rodrigo Carneiro disse ainda que o município segue preocupado com as crianças menores de 1 ano, cujo percentual de cobertura vacinal foi de 75% para poliomielite e 67,05% para sarampo. “Reforçamos o apelo aos pais para que vacinem os pequenos”, afirmou.
Inicialmente, a estratégia, que teve início em 16 de novembro, seria concluída no dia 16 de dezembro, mas foi prorrogada por decisão do Estado, que encontra-se com um cenário de baixas coberturas vacinais, que se agravaram com o advento da pandemia da Covid-19, a partir do ano de 2020, contribuindo para o risco de reintrodução de doenças imunopreveníveis, a exemplo da paralisia infantil (poliomielite).