O computador é uma das ferramentas no ensino-aprendizagem. Por isso, as unidades escolares da rede municipal de ensino estão desenvolvendo projetos para inserir os estudantes no mundo da computação. Um exemplo são as Escolas Frederico Paes Barbosa, no Parque Novo Mundo, José do Patrocínio, na Penha, e Maria Antônia P. Trindade, em Dores de Macabu. A Escola Municipal Custódio Siqueira, situada no Calabouço, por exemplo, desenvolveu uma atividade de computação denominada “Dia de atividade desplugada invertida”, para o 7º ano.
Na tarefa, os alunos fizeram um desenho e através dele foi criado um código, dando início ao projeto. O professor da unidade, Murilo Souza da Silva, disse que na última aula ensinou aos alunos os números binários e levou a ideia para representar os desenhos, criados através dos códigos. Cada aluno fez um desenho diferente.
“Eles ficaram à vontade para desenhar a figura que desejavam e o computador geraria o código. Eles amaram. A expectativa de saber qual o desenho, quem iria terminar primeiro para ver a imagem feita pelo código foi muito divertido. Esta semana vamos fazer a atividade com o 9º ano. Vale ressaltar que esse não é um projeto individual. Todos os professores estão trabalhando de forma integrada, sob a supervisão da coordenação e, no final, vamos fazer a culminância do projeto na escola”, contou o professor.
O diretor da unidade falou sobre o assunto: “A proposta é levar o aluno a pensar como o computador, fazer com que ele tenha o pensamento tecnológico. Esse é apenas o início do projeto. A próxima etapa será transferir tudo isso para o computador, de fato”, explicou.
A coordenadora do Ensino Fundamental - Anos Finais da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), Ana Márcia Scot, disse que essas atividades são do componente curricular Projeto Computação, que faz parte da nova matriz curricular, que traz em sua grade outros dois componentes ainda: Projeto de Vida e Projeto Integrador.
“O Projeto de Computação foi homologado pelo Ministério da Educação (Mec) através do Parecer CNE/CEB 2/2022, que contém o projeto de Resolução, sobre as normas que definem o ensino de computação na educação básica de todo o país. Um dos objetivos é reconhecer padrão de repetição em sequência de sons, movimentos, além de experimentar a execução de algoritmos brincando com objetos (des) plugados”, disse a coordenadora.
A Coordenadora dos Laboratórios de Tecnologias Digitais, Anna Karina Vieira, explicou que o ensino da Computação, segundo as diretrizes da BNCC, pode permitir aos educandos explorar e vivenciar experiências, movidas pela ludicidade por meio da interação com seus pares.
“Aprender a disciplina logo cedo desenvolve habilidades como pensamento lógico, computacional e sistêmico, forma de pensar totalmente aguçada, trabalho em equipe, gerenciamento de projetos e resolução de problemas e ajuda a elevar a criatividade e autoestima, além, é claro, do domínio da tecnologia propriamente dito”, disse Anna.
Na opinião dela, é necessário preparar os alunos para demandas futuras e para fazerem parte de uma massa digital qualificada e preparada. “A maioria das profissões irá depender de bons conhecimentos em Ciência da Computação. No entanto, é importante também qualificar os educadores para que possam lecionar e compreender as premissas da Computação na escola básica", completou.