Para incentivar a imunização do rebanho bovino e bubalino em Campos, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca participa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa. Além de divulgar a importância da campanha, a secretaria doa vacinas a pequenos produtores que possuem até 40 cabeças de gado. Nesta quinta-feira (11), equipes do setor de Veterinária realizaram a vacinação no assentamento Zumbi dos Palmares.
A campanha do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) tem a primeira etapa acontecendo neste mês de maio e todos os produtores do Rio têm obrigação de participar, vacinando bovinos e bubalinos de todas as idades, para manter a doença erradicada no estado e no país. O secretário Almy Júnior diz que, além da saúde pública, o objetivo é promover a saúde animal e resguardar a produção leiteira e de corte.
No estado do Rio, a vacinação contra a febre aftosa ainda é obrigatória e os custos com a aquisição das doses e aplicação por um vacinador devem ser arcados pelos produtores. Em Campos, a Secretaria de Agricultura deve imunizar contra a aftosa cerca de 3.500 bovinos de pequenos produtores, com rebanhos de, no máximo, 40 animais. O secretário explica o objetivo da Prefeitura com a doação das doses do imunizante e disponibilização do agente de saúde animal para efetuar a vacinação dos rebanhos.
“Para esses pequenos produtores, além da aftosa, doamos as vacinas contra a raiva e as clostridioses e também passaremos a disponibilizar para a imunização contra a brucelose. Precisamos trabalhar para que, num futuro próximo, o estado seja considerado zona livre da febre aftosa, sem necessitar mais da vacinação do gado. Alguns estados, como Espírito Santo e Minas Gerais, são considerados livres da aftosa, inclusive, não participando da campanha nacional. No estado do Rio, há mais de cinco anos não temos casos da doença, mas ainda dependemos da vacinação para manter a aftosa erradicada. Por isso convocamos os produtores a participarem da campanha, pois a vacinação, aqui, ainda é obrigatória e é uma necessidade, porque basta um animal com a doença para que todos os produtores sofram prejuízo grande. Então, quando fornecemos as vacinas para os que não têm condições de comprar, estamos ajudando o produtor familiar a gerar emprego e renda, valorizando nosso rebanho e nossa produção, assegurando a saúde animal e a saúde da população”, declarou Almy.
O produtor de leite do Núcleo 1 de Zumbi dos Palmares, Joao Carlos Velasco Maciel, fala sobre os benefícios da campanha de vacinação: “A Prefeitura ajuda bastante dando as vacinas, porque, se gente fosse comprar, ia ficar muito difícil. E até o vacinador da Secretaria de Agricultura vem, para aplicar as vacinas. É um alívio para todo produtor pequeno ter esse auxílio. Aqui, as vacas, bezerros, todo rebanho é vacinado, é limpo, e a hora que quiser vender eu vendo, porque tenho o atestado da vacinação. Com esse auxílio, a gente vai garantindo a saúde do gado e consegue produzir com mais tranquilidade e segurança”,
SAÚDE ANIMAL
A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca também promove a doação e aplicação de outras vacinas para a saúde animal dos rebanhos de até 40 animais dos pequenos produtores. O Setor de Veterinária conta com nove agentes de saúde animal atuando em diferentes regiões, para a aplicação das vacinas.
“Além da febre aftosa, que participamos da campanha em todas as etapas, a secretaria também faz imunização contra a raiva e as clostridioses, intoxicações causadas por bactérias que estão entre as doenças que mais matam bovinos no Brasil e que, em nossa região, acometem os rebanhos com certa frequência. Ainda este ano vamos iniciar a vacinação contra brucelose, outra doença provocada por bactéria, uma infecção altamente contagiosa e transmissível ao homem”, contou médica veterinária Gleiciane Pimentel, coordenadora do Departamento de Inspeção de Leite, Mel e Derivados da Secretaria de Agricultura.