Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), o projeto Infância em Ação da Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude de Campos, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP/RJ), foi lançado neste sábado (13). O projeto visa promover ações de forma periódica para mapear, sob a ótica das crianças e adolescentes matriculados na rede municipal de ensino de Campos dos Goytacazes, as demandas por políticas públicas em suas áreas de convivência.
A solenidade de implantação aconteceu no auditório da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) e foi conduzida pela promotora de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude, Anik Rebello Assed Machado, com a presença da assessora técnica da Seduct, Catia Mello; do educador físico Fabrício Bastos; professora da Uenf, Carla Silva Ferreira; e a psicóloga Lucieni Rosas.
Foto: Kamilla Uhl
Cerca de 30 alunos de 5 unidades escolares participarão de módulos em mais três encontros nos dias 20 de maio, 3 e 17 de junho, com apoio dos gestores e professores, que serão multiplicadores das informações recebidas no ambiente escolar. “Eles são oriundos da Baixada Campista, Norte do município e de Guarus, cujas escolas fizeram a adesão ao projeto nas últimas semanas e participaram de reuniões onde receberam as instruções necessárias. A Seduct está dando todo suporte necessário, além do transporte desses estudantes para a Uenf durante os quatro encontros”, informou Catia.
Neste sábado (13), a programação contou com atividades físicas e recreativas, rodas de conversa, distribuição de lanches e palestra com a promotora Anik, que falou sobre os direitos das crianças e adolescentes. O educador físico Fabrício Bastos também conversou com as crianças sobre o direito ao esporte e ao lazer.
A promotora explicou como as ações vão funcionar e deu as boas-vindas ao grupo. Segundo ela, todos da equipe têm um ponto em comum, cada um na sua área: a preocupação com a saúde física e mental, pra construir a futura vida adulta dos estudantes da melhor forma possível.
“Para isso, temos que dar passos hoje. Nossa tarefa é defender os direitos das crianças e adolescentes e temos a preocupação de ver se todos estão tendo acesso à convivência familiar, à educação, à saúde e a outros direitos. Dificilmente, recebemos no Ministério Público crianças para apresentar suas sugestões. Quem sempre leva as demandas são os adultos. E agora nós queremos nos aproximar ainda mais de vocês, os donos desses direitos. Por isso, escolhemos um grupo de escolas para começar o projeto piloto, mas vamos avançar com outros grupos para que todos possam ter essa oportunidade”, explicou Anik.
Cátia agradeceu a oportunidade.
Foto: Kamilla Uhl
“A equipe da Secretaria de Educação está muito feliz por poder integrar esse projeto que saiu do coração de todos aqui presentes. Temos certeza de que o resultado será alcançado, pois ele vem da alma. Agradecemos aos professores, diretores, orientadores pedagógicos e demais profissionais, pois não seria possível mobilizar esses alunos sem que vocês acreditassem no projeto. Que seja o começo de um caminho que floresça por muitos anos, pois a gente acredita no poder transformador da educação”, disse.
A psicóloga Lucieni Rosas também orientou os envolvidos. “A gente tem visto na sociedade atual muita violência e conflitos e nem sempre temos muita noção do que as emoções provocam em nossa vida e como a Psicologia pode contribuir para o nosso dia a dia, para nossas escolhas e nossa vida. Que vocês levem essas ideias e multipliquem na casa e na escola de vocês, para fazermos da nossa comunidade um lugar melhor de se viver”, comentou.
Fabricio Bastos “Esse é um sonho de várias pessoas empenhadas para ajudar vocês a transformarem a vida e a comunidade onde vivem. Venho de escola pública assim como vocês e sou criado em Ururaí. Por isso, para mim é muito emocionante estar aqui hoje e poder colaborar. Vai ser lindo poder ver vocês sendo os transformadores da família de vocês”.
Tarefas – As equipes deverão realizar as tarefas propostas, que envolvem a identificação das necessidades locais e indicação das políticas públicas apontadas como solução para viabilizar o exercício dos direitos relacionados ao tema. Os representantes das equipes deverão mobilizar o maior número possível de alunos das escolas que integram, promovendo discussões, debates, entrevistas, pesquisa de campo, coleta de dados, abaixo assinado e demais ações que envolvam a participação de material de divulgação, como vídeos, fotos, publicações, cartazes, panfletos, etc, que expressem os fatos identificados. A unidade escolar que mais se destacar será premiada com uma viagem ao AquaRio e todas as equipes receberão prêmio de participação.