Merenda escolar foi o tema discutido no Hora da Educação dessa quarta-feira (25). O secretário de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres, que apresenta o programa, recebeu a coordenadora do Departamento de Nutrição Escolar, Suelen Baldino. Ela explicou como a merenda é feita, distribuída e os processos pelos quais os alimentos chegam até às escolas do município.
Marcelo Feres lembrou que durante a pandemia, quando as escolas tiveram que ser fechadas por causa do Coronavírus, os alunos receberam kits de alimentação por vários meses até que o processo de alimentação fosse retomado. Passado esse processo e, após a realização de licitações e editais, esta semana teve início o fornecimento de gêneros alimentícios por cerca de 40 produtores rurais de Campos e São Francisco de Itabapoana.
Ao todo foram cerca de mil quilos entregues às empresas Milano e Vivace, contratadas pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) por meio de licitação, e responsáveis pela preparação da merenda de cerca de 55 mil alunos.
Atualmente, a merenda escolar fornecida pela Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) é referência para outras cidades. Em abril deste ano, o secretário de Educação de Queimados, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, André Luiz Monsores de Assumpção, visitou duas unidades escolares da rede municipal de ensino, juntamente à sua equipe técnica, para conhecer a experiência de sucesso de Campos.
Eles estiveram na Escola Municipal Walter Siqueira e na Creche Ruth Chagas, no Parque Julião Nogueira. Campos foi recomendada e citada pelo Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição Escolar (Cecane) como uma boa experiência no Estado, como referência, com um case de sucesso.
Suellen falou ainda sobre as mudanças ocorridas no preparo da merenda, como por exemplo, a ausência de açúcar e a retirada de alimentos processados. “Através da Resolução número 6 de maio de 2020 tivemos que retirar o açúcar e alimentos processados da alimentação das crianças. Isso significou não ter mais no café da manhã achocolatados ou composto lácteo de morango e baunilha. Aqui no Brasil o nível de crianças e adolescentes é altíssimo. E com dificuldade de mastigação porque só ingerem alimentação líquida. Introduzimos vitaminas, frutas, sucos. Demos início ano passado ao trabalho de educação nutricional nas escolas e creches. Chamamos os pais e mostramos e ensinamos o nosso cardápio porque a ajuda dos pais é essencial para que esse aluno possa conhecer ou se acostumar com esses alimentos saudáveis”, disse a coordenadora.
“É por meio da Educação que a gente consegue até mesmo interferir na alimentação da família de nossas crianças. Esse trabalho é muito importante porque estamos ajudando essas pessoas a terem bons hábitos alimentares. Se a família não contribui com o trabalho da escola não fui, por isso, é tão importante esse trabalho de parceria”, disse o secretário.
A coordenadora também explicou que a merenda escolar é paga pelo que é consumido. “Muita gente tem dúvida sobre isso. Nós pagamos pelo que o aluno consome. Então se ele não vai em determinado dia para a escola essa merenda que ele não ingeriu não é paga. Quero ressaltar também que o cardápio é elaborado de acordo com a faixa etária da criança e suas necessidades alimentares. A gente tem fiscalização diária do Conselho de Alimentação Escolar e temos muito orgulho de estarmos obtendo êxito nesse processo de merenda escolar”, finalizou Suellen.