Nesta sexta-feira (28) faz 5 meses que o “SOS Coração: Nossa missão é cuidar das pessoas” foi lançado pela Prefeitura, em parceria com o Governo do Estado. Entre os dias 28 de fevereiro, data de lançamento do projeto, e 27 de julho, 98 vítimas de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) tiveram as vidas salvas.
O secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, enfatizou que Campos é a única cidade do Estado do Rio que possui um serviço como esse. “É um ganho grande para a população, pois o SOS é totalmente custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse.
O primeiro paciente atendido, três dias após o lançamento do projeto, foi o policial militar Elimar Nogueira Vieira, 54 anos. Ele infartou na madrugada do dia 03 de março. Atendido no Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), teve alta hospitalar no dia 08 do mesmo mês e, aos poucos, está retomando sua rotina.
“Continuo em tratamento ambulatorial e seguindo à risca a recomendação médica. Já estou podendo fazer pequenas caminhadas perto de casa”, disse, ressaltando que não há como mensurar a importância e grandeza do projeto.
“Sou grato ao Prefeito Wladimir Garotinho e a equipe da Saúde por ter colocado esse projeto em prática, além dos médicos (cardiologistas) que têm salvado muitas vidas. Ter sido o paciente que estreou o SOS não é mérito, mas ele foi lançado em uma excelente hora para mim e acredito que para várias pessoas”, acrescentou o policial.
Outra que integra a estatística do SOS é a vendedora Rosilane da Conceição Gomes de Souza Santos, 57 anos, que sofreu um infarto no dia 1° de abril. Com dor no peito que irradiava para o braço esquerdo, ela recebeu um primeiro atendimento no Hospital Ferreira Machado (HFM), sendo encaminhada, posteriormente, para a Santa Casa de Misericórdia.
“Posso dizer que nasci de novo. Durante o procedimento tive cinco paradas cardíacas e fiquei 12 dias em coma”, contou ela, que já voltou ao trabalho, mas ainda não teve liberação médica para fazer caminhada e nem voltar à academia.
A Santa Casa e o Álvaro Alvim são os hospitais referência para a realização do cateterismo, — exame para identificar obstruções nos vasos sanguíneos que irrigam o coração —, e da angioplastia coronariana primária, após a confirmação do IAM. Para a regulação em um dos dois hospitais, aos primeiros sinais de infarto, a pessoa deverá buscar atendimento no HFM, Hospital Geral de Guarus (HGG), Hospital São José (HSJ), Unidades Pré-Hospitalares (UPH) 24h, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Campos e de São João da Barra (SJB), Santa Casa de Misericórdia de SJB e Hospital Armando Vidal, em São Fidélis.
Segundo o cardiologista intervencionista da Santa Casa, Halim Abdu Neme Makhluf, a agilidade no diagnóstico e tratamento, desde a chegada do paciente a uma unidade da rede de urgência e emergência até a desobstrução da artéria afetada na sala de hemodinâmica da Santa Casa ou do Álvaro Alvim, têm sido fundamentais para salvar as vidas. Em média, segundo o médico, todo esse processo, incluindo o cateterismo e a angioplastia, tem sido realizado em 1h, quando o preconizado é em até 2h.
Além de Halim, os cardiologistas intervencionistas aptos a realizar o atendimento emergencial nos referidos hospitais, incluindo os fins de semana, são Carlos Eduardo Soares, Celmo Ferreira de Souza Junior, Abdu Neme e Jamil da Silva Soares. Os médicos Cleber Glória e Patrícia Rangel fazem parte da equipe que integra os Centros de Tratamento Intensivo (CTIs).