A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct), implantou um modelo semestral de avaliação que permite mapear qual a realidade da rede municipal de ensino. O objetivo é verificar se os alunos estão dando a resposta esperada e gerar capacidade de intervenção para melhorar o ensino público. A afirmação foi feita pelo secretário da pasta, Marcelo Feres, durante o Programa Hora da Educação no canal do Programa de Aprendizagem Eficiente (PAE), no youtube, com participação da diretora pedagógica da Secretaria, Tânia Alberto.
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Ao todo, serão quatro avaliações diagnósticas da rede em menos de dois anos. “As avaliações são feitas em parceria com o Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Caed/UFJF), e nos permitem fazer ajustes de rota quando necessário. Esse modelo de avaliação é mais amplo e nos oferece microdados importantes, que nos permitem saber a realidade individualizada de cada estudante”, afirmou Marcelo.
A última Prova Caed aplicada na rede municipal de ensino foi em junho deste ano, garantindo um diagnóstico de cerca de 30 mil alunos do 2º ao 9º ano de escolaridade. A próxima será no final deste ano, após a Prova Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) que, por sua vez, será aplicada em outubro em todo país.
“Trata-se de um sistema imparcial com foco na gestão da qualidade em educação, cujo ponto final dessa linha é o aluno, que precisa ter o direito de aprender garantido. Para isso, criamos mecanismos para fazer melhor o que já fazemos e como superar as dificuldades que encontramos ao longo desse processo. Esse modelo não conflita com a avaliação própria interna, feita no dia a dia pelo professor com testes cognitivos, provas, monitoramento da participação efetiva nas aulas, entre outras ferramentas; elas se complementam”, explicou Tânia.
Ela destacou que o Saeb acontece a cada dois anos, em séries terminais do ensino fundamental, ou seja, 5º e 9º anos, por amostragem, já o Caed contempla mais alunos.
“O Saeb não retrata muito fielmente o desempenho da rede como um todo, enquanto o Caed fornece informações mais detalhadas a respeito das habilidades, do que o aluno está deixando de aprender ou o que precisa ter mais tempo para aprender; trabalha com um alinhamento muito claro com aquilo que é previsto no Saeb. Além disso, a UFJF é a universidade escolhida pelo Governo Federal para suas práticas avaliativas coletivas, e isso nos dá bastante tranquilidade. O Caed dá a possibilidade de cada escola enxergar todas as suas turmas, de avaliar aluno por aluno, porque todos são observados num trabalho cuidadoso de atenção e de desempenho do aluno, do 2º ao 9º ano, para darmos uma assistência de acompanhamento efetivo”, acrescentou a diretora.
Marcelo lembrou que o impacto da pandemia para a educação foi muito grande, deixando lacunas no ensino público em todo o país. “Para superar essas lacunas, estamos fazendo investimento importantes, seja nas condições efetivas de funcionamento da escola, com reformas e manutenções, na aprovação de leis que favorecem os servidores diretamente, incluindo o programa de bolsa de apoio à formação de nível superior para os servidores, além de reajuste salarial, aquisição de laboratórios de ciências, matemática, robótica e pedagógico, enfim, um conjunto de ações que possibilitam eliminar barreiras para que a aprendizagem possa acontecer, de fato”, explicou o secretário.