Criado no governo Wladimir Garotinho, através de lei municipal, o Cartão Goitacá já faz parte da realidade de muitas famílias campistas que vivem em situação de vulnerabilidade social. Em pouco mais de um ano do seu lançamento, quase 17 mil famílias estão cadastrados no programa. A meta é chegar até o final do ano com 20 mil famílias atendidas. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social realizou a recarga nesta quarta-feira (1ª).
O benefício de transferência de renda no valor de R$ 200 serve para que essas pessoas realizem as compras em supermercados credenciados no município. A nova lista de beneficiários será divulgada na segunda quinzena de Novembro.
- Estou muito feliz em poder comprar comida para minha família. Eu estou desempregada e com o cartão posso alimentar meu filho e neto – disse Viviane Duarte, 41 anos, moradora do Parque Prazeres.
Para a moradora do Farol de São Thomé, a dona de casa Edileia Barreto, o cartão chegou em um momento difícil para uma alimentação completa na mesa da família. “Chegou em um momento bom e importante para a minha família. Meu marido tem 60 anos e não é aposentado. Já eu costurava e não costuro mais porque fiquei doente. Agora, o Cartão ajuda a viver melhor”, disse a beneficiária.
A criação do Cartão Goitacá, assim como a reabertura do Restaurante do Povo em 2021, faz parte do atendimento da Prefeitura ao que estabelece a Política Nacional de Assistência Social, no sentido de garantir a segurança alimentar das população, principalmente as que vivem em situação de vulnerabilidade.
Para o secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho com o Cartão Goitacá, o município voltou a ofertar a assistência alimentar para as famílias mais necessitadas, já que os programas sociais foram extintos. “A gente ainda vê pessoas tentando criminalizar o Cartão Goitacá, que ajuda e beneficia tanta gente. O programa põe comida na mesa daquela família que às vezes estava há meses sem comer uma carne ou se alimentar com qualidade. O critério para que os munícipes sejam inseridos é exclusivamente técnico, sendo avaliado por uma equipe especializada de assistentes sociais”, explicou o secretário.
Segundo a coordenadora do programa, Marcélia Cardoso, regularmente é realizado cruzamento de dados dos usuários para avaliar a elegibilidade do usuário. Todos beneficiários estão inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (Cad Único).
A Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, utiliza a base de dados do Cadastro Único para a seleção dos beneficiários, que são referenciados no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
Durante a avaliação, são priorizadas famílias numerosas, que tenham em sua composição idosos e pessoas com deficiência sem fonte de renda e sustento; pessoas e famílias vítimas de calamidades e emergências; mulheres chefes de família e seus filhos; mulheres em situação de violência; e jovens egressos dos acolhimentos institucionais. A concessão do benefício deverá ser reavaliada anualmente pela equipe técnica.