A primeira-dama Tassiana Oliveira participou nesta sexta-feira (17), no auditório da Prefeitura de Campos, de apresentação dos trabalhos das artesãs do projeto Crochê para Todos. O objetivo é tornar o município um polo crocheteiro, com base na alta demanda de confecções. O projeto é uma parceria entre a Prefeitura, por meio do Departamento de Economia Solidária, vinculado à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico; Associação Rede de Artesãos de Campos e a Empresa Ezis, situada no Rio de Janeiro.
Nesta primeira etapa, definida para confecções de vestidos e croppeds exclusivos, o projeto é composto por 20 crocheteiras, que recebem salário de acordo com a quantidade de produções. A verba, no valor total de R$ 333.720,000, está prevista em contrato com a empresa parceira até 2026. A meta da Economia Solidária é que sejam formados oito grupos de 20 artesãs, para totalizar 160 trabalhadoras envolvidas e com produções de peças.
Tassiana Oliveira parabenizou as artesãs e lembrou da importância de uma equipe qualificada e atuante para que mais parcerias aconteçam.
“Campos é rica na área de crochê, tem produções lindas e de muita qualidade, que são produzidas por vocês e por muitas outras artesãs espalhadas no município. Que orgulho desse projeto. É sempre necessário lembrar da importância de termos a consciência das nossas produções, de divulgar e expor de maneira que atraia o interesse e a valorização da população. Parabenizo a todas vocês pela produção de tantas peças lindas”, enfatizou.
Assessora do Departamento da Economia Solidária e coordenadora do projeto Crochê para Todos, Kátia Souto, explicou que as produções estão sendo direcionadas para lojas de marcas famosas e serão distribuídas para comercialização no Rio de Janeiro e São Paulo.
“A primeira remessa, com produções exclusivas, tem um total de 386 vestidos e 298 croppeds e as entregas acontecerão na próxima terça-feira (21). Esse projeto foi pensado para que as crocheteiras façam as produções com rápido escoamento dessa mercadoria. A maioria delas, no mínimo, tirarão um salário mínimo no mês, tendo toda a liberdade de poder produzir em casa, o que faz com que elas tenham uma renda mensal garantida e melhor qualidade de vida, já que conseguem se programar em uma rotina diária”, ressaltou Katia.
Diretor de Economia Solidária, Sandro Figueiredo, lembrou que a Prefeitura é a ponte que garante buscar os insumos, enviar a produção, capacitação, gestão, emissão de notas e garantia do pagamento das artesãs através do termo de cooperação técnica (segurança jurídica) que tem validade até 2026.
“O projeto Crochê para Todos visa inclusão produtiva das artesãs, gerando trabalho e renda, ajudando a trazer dignidade e autonomia a essas mulheres que são tão batalhadoras. Com autonomia financeira conseguimos auxiliar para que elas saiam da violência doméstica e consigam manter o sustento da família. Dessa forma e fazendo como o prefeito diz, cuidem de pessoas, estamos projetando, ajudando a trazer mais dignidade e transformando vidas através do artesanato”, disse Sandro.
Artesã e integrante do projeto, Geruza Bernar, fala da estabilidade financeira que o projeto gera.
“Produzir essas peças nos dá garantia de retorno financeiro e profissional, possibilitando que a gente consiga programar melhor as nossas vidas. Geralmente precisamos apresentar o nosso trabalho, esperar que ele seja aceito e, depois disso, gerar renda. Já com a atuação do projeto, os trabalhos nos trazem tranquilidade, sabendo que as peças já terão endereço certo e com estabilidade financeira garantida”, finalizou.
PARCERIA
A empresa EZIS produz o designer dos vestidos e biquínis e estes são produzidos pelas crocheteiras. Elas são remuneradas por peça produzida ao longo de três meses de produção, com uma média de remuneração de R$ 2 mil por pessoa, dependendo da produção individual.