Com a função de desenvolver ações de educação patrimonial, por meio de visitas a espaços que represaram a identidade campista, tendo como público-alvo crianças e jovens, foi lançado, na manhã dessa segunda-feira (11), no Teatro de Bolso Procópio Ferreira, o projeto “Passaporte Cultural”, iniciativa da Prefeitura de Campos, com execução da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL). O projeto foi apresentado pela presidente da Fundação, Auxiliadora Freitas.
O projeto que deu origem ao “Passaporte Cultural” surgiu da ideia das professoras Lizandra Zanon e Fabiana Barreto, no Grupo de Pesquisa Officina de Estudos do Patrimônio Cultural, da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Aperfeiçoado em encontros com educadores e historiadores, o projeto ganhou o formato de um passaporte, contendo o histórico de boa parte dos locais que serão visitados.
“Lançamos, hoje, uma pequena semente na difusão da educação patrimonial, algo fundamental para que Campos seja conhecida pelos campistas. Na busca pela popularização da identidade de nossa terra, o projeto terá, inicialmente, crianças e jovens de nossas escolas. A visitação aos equipamentos da FCJOL e aos tantos prédios históricos do município, será registrada, com um carimbo, para que os passaportes possam catalogar essas passagens pelos espaços que representam a identidade campista”, anunciou Auxiliadora Freitas.
Felizes com a materialização do sonho que surgiu de um projeto de pesquisa, Lizandra Zanon e Fabiana Barreto não esconderam a emoção. “Jamais poderíamos imaginar que o projeto ganhasse tanta força e pudesse ficar tão robusto. Quando o ano letivo de 2024 começar, teremos a emoção consolidada, por meio das visitas aos locais do Passaporte, mostrando nossa história a quem vai cuidar dela, no futuro”, disse Lizandra Zanon.
A subsecretária de Educação, Rita Abreu, também participou do evento, destacando a importância da iniciativa. “Nossa rede municipal tem 55 mil alunos e, em alguns territórios, há um total desconhecimento de nossa história. Quero anunciar que vamos mobilizar nossos profissionais para que a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) se faça ativa no Passaporte. A partir de janeiro, já caminharemos juntos, mobilizando professores e grupos para o começo da visitação aos locais listados”, afirmou.
O “Passaporte Cultural” encontra-se inserido no Programa “Culture, Campos - com horizonte”, contemplando o eixo Memória Ativa Cultural (MAC), que estabelece uma conexão de saberes entre o patrimônio histórico-cultural-social e ambiental do município e os munícipes. “Nosso próximo passo será a capacitação dos representantes dos equipamentos que, tradicionalmente, não são vistos como culturais e que merecem ser visitados e conhecidos”, concluiu Auxiliadora Freitas.
O evento contou com as presenças da vice-presidente da FCJOL, Fernanda Campos; da diretora executiva da Fundação, Sylvia Paes, junto de outros agentes; do ex-presidente do Conselho Municipal de Cultura de Campos dos Goytacazes (Comcultura), Marcelo Sampaio; da coordenadora do Grupo de Pesquisa Officina de Estudos do Patrimônio Cultural da Uenf, Simonne Teixeira; do coordenador da Casa das Artes Pensi Alpha, Antonio Cardoso; e de diversos profissionais que atuam nos segmentos da Cultura e da Educação.