O Centro de Educação Ambiental (CEA) Prata Tavares, em Guarus, recebeu de janeiro a novembro deste ano 7.769 livros dentro do Projeto Desapego Literário. Nele, quem não quiser mais livros que tenham guardados em casa poderá doá-los e, desta forma, liberar espaço e, ao mesmo tempo, contribuir para que outras pessoas tenham acesso à publicação. O objetivo é promover uma ciranda literária e contribuir para o Meio Ambiente. O CEA funciona de segunda a sexta, das 8h às 16h, na Avenida José Carlos Pereira Pinto, 300, Parque Calabouço, em Guarus. Durante a temporada de verão, o CEA também estará recebendo livros no estande da Secretaria de Meio Ambiente, no Farol de São Tomé, incluindo aos sábados. No Farol, funcionará das 8h às 16h durante a semana e das 9h ao meio-dia, aos sábados. O CEA é ligado à Secretaria de Planejamento Urbano, Mobilidade e Meio Ambiente, por meio da Subsecretaria de Meio Ambiente.
Como acontece todos os anos, desde que o projeto foi iniciado, uma árvore de Natal feita de livros já está montada no CEA. “Aproveitamos este período de Natal para montar nossa árvore literária, que já é sucesso no espaço, de portas abertas para a população. O projeto já existe há anos e nasceu com a proposta de oferecer material para quem gosta de literatura, mas também para alunos e pesquisadores. Tudo isso, de forma sustentável”, informa o coordenador de Educação Ambiental do CEA, Júlio Carlos da Silva Júnior.
Júlio conta que, no fim de ano, muitas pessoas aproveitam para se desfazer do que não utilizam mais. “Se tiver em casa livros que não utiliza mais, lembre-se que nosso projeto eles serão úteis para outras pessoas. Final de ano é tempo de desapegar, e muita gente também aproveita as férias para isso”, destaca o coordenador de Educação Ambiental.
Ele explica que é no início do ano que costuma chegar o maior número de livros. Em janeiro deste ano, por exemplo, chegaram 3.500 livros, número bem superior aos dos meses de fevereiro, março, abril e maio, quando foram doados, respetivamente, 378, 232, 574 e 27 livros. “Em junho, julho e agosto, período de recesso escolar, as doações aumentaram: foram 793,1190 e 531, respectivamente”.
“Aceitamos qualquer livro. A pessoa pode levar e não há obrigatoriedade de devolver, porém, a ideia é que pessoa, após a leitura, traga de volta o livro que pegar para que outras pessoas tenham acesso. Solicitamos para os que buscam os livros que também doem, para que a nossa rede seja sempre contínua e ofereça obras novas e variadas. Essa troca mantém o estoque atualizado e renovado. O objetivo é reciclar ideias, através da leitura”, informa Júlio.
A maior doação de livros aconteceu no final de outubro deste ano, pela Faculdade de Medicina de Campos (FMC), que doou 264 livros de literaturas variadas. O acervo está disponível na biblioteca do CEA, onde se encontram disponíveis para acesso de alunos, pesquisadores e população em geral. Entre as obras estão O Cortiço, de Aluisio Azevedo; Dom Casmurro, de Machado de Assis; Iracema, de José de Alencar; Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, entre outros. Além do acervo com grandes nomes da literatura, o projeto conta com livros infantis e sobre Educação Ambiental.
Ele explica que os livros recebidos em más condições são encaminhados para as quatro cooperativas de reciclagem do município. “Na verdade, todo material reciclável, também chamado de lixo seco, coletado por meio da Vital Engenharia, empresa responsável pela limpeza pública do município, é encaminhado para as cooperativas”, conclui.