Vacina Covid-19 é incluída no calendário de rotina para crianças de 6 meses a 4 anos

A vacinação contra a Covid-19 foi incluída no Calendário Nacional de Vacinação. A partir desta quarta-feira (3), o imunizante será aplicado para as crianças de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias. A mudança segue nova nota técnica do Ministério da Saúde e orientação da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ), que também passa a recomendar uma dose anual ou semestral para grupos prioritários.

Para as crianças, continuam sendo aplicadas as três doses da vacina Pfizer baby. A primeira dose será feita aos seis meses, a segunda dose aos sete meses e a terceira dose aos nove meses. Para aquelas que estão com o esquema primário incompleto ou com dose atrasada, deve-se respeitar o intervalo de quatro semanas entre a 1ª e a 2ª doses. A 3ª dose deve ser feita oito semanas depois da 2ª dose.

“A criança de 6 meses a 4 anos, 11 meses e 29 dias que já tomou três doses da vacina em 2023 não precisa de dose adicional. Considere-se vacinada”, reforçou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, ressaltando que o vírus da Covid-19 continua endêmico, causando casos da doença, principalmente em pessoas com comorbidades, imunodeficientes, idosos, gestantes e puérperas.

Nos grupos prioritários, o intervalo entre as doses será de seis meses para indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas acima de 12 anos, além de gestantes e puérperas. “Pessoas não vacinadas são as mais suscetíveis a infecção pela Covid-19 e desenvolver as formas graves da doença, sem falar nos riscos da Covid longa, que tem levado muitas crianças aos consultórios médicos”, completou o infectologista.

São considerados indivíduos imunocomprometidos ou em condição de imunossupressão: pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV (PVHIV); pessoas com doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e uso de corticoide em dose maior ou igual a 20 mg/dia de prednisona ou equivalente por mais de 14 dias. Crianças em uso de prednisona ou equivalente maior ou igual 2 mg por mais de 14 dias até 10 kg; indivíduos em uso de imunossupressores e/ou imunobiológicos que levam à imunossupressão; pessoas com erros inatos da imunidade (imunodeficiência primária); pessoas com doença renal crônica em hemodiálise; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses; e pessoas com neoplasias hematológicas.

Devem receber uma dose ao ano os seguintes grupos prioritários: pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI) e residência inclusiva (RI, e seus trabalhadores, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, profissionais do sistema prisional e pessoas em situação de rua.