A Prefeitura vai realizar o 1° Seminário de Exportação do Gado Vivo no dia 22 de fevereiro, no Sindicato Rural de Campos, a partir das 8h30. Embora o setor esteja em crescimento, o Brasil teve uma participação de apenas pouco mais de 1% na venda de gado vivo em 2021, quando foram exportadas em torno de 2,4 milhões de toneladas de gado em pé — nome técnico desse tipo de transação —, em todo o mundo. Para mudar esse cenário, principalmente no Estado do Rio de Janeiro, e definir a programação do seminário, o prefeito em exercício, Frederico Paes, esteve reunido em seu gabinete, nesta segunda-feira (29), com o presidente do Sindicato Rural de Campos, Ronaldo Bartolomeu dos Santos Júnior; o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), Maurício Sales; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Mauro Silva; e o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Pesca, Almy Junior, dentre outros gestores. Também participaram do encontro, a convite da Prefeitura, representando a Porto do Açu Operações, o gerente de Relacionamento com a Comunidade, Wanderson Primo de Sousa, e, de forma virtual, a gerente Comercial, Talita Franklin.
Ao promover esse seminário, segundo o prefeito em exercício, o objetivo da Prefeitura será explicar como essa metodologia funciona na prática e apoiar a Porto do Açu para que a exportação do gado vivo ocorra por lá. “É uma modalidade nova no Brasil e a nossa região não pode ficar de fora”, disse Frederico.
Especialista em exportação de gado vivo há mais de 15 anos, Adriano Caruso será o palestrante no seminário, que tem o apoio do Ministério da Agricultura, Governo do Estado, Sindicato Rural de Campos, Faerj e Porto do Açu. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Mauro Silva, disse que os temas a serem debatidos no evento serão mercado internacional, processo financeiro, transporte marítimo, operacional, logística, operação portuária e pós-venda.
“É uma nova alternativa que queremos criar para os produtores de Campos e de toda a região para que eles possam exportar o gado vivo, porque o valor agregado na exportação é muito maior e, com isso, vamos fomentar a nossa economia regional. Foi o primeiro encontro com o prefeito Frederico Paes para montarmos a programação do evento”, explicou Mauro.
O presidente do Sindicato Rural ressaltou a importância do seminário.
“Há muito tempo a gente vem tentando trazer essa modalidade de venda de animais para a região e, agora, a Prefeitura está nos dando essa oportunidade. O rebanho do nosso município é o maior do estado do Rio, chegando a 230 mil cabeças. Antes da seca de 2014, eram 400 mil cabeças. A gente fica nessa esperança de realmente voltar a aumentar o rebanho e, através do Porto do Açu, exportar o gado”, disse Ronaldo Bartolomeu.
Já o vice-presidente da Faerj afirmou que o Rio de Janeiro conquistou, em 2023, a condição de Estado sem a doença da febre aftosa, junto a outros 11 estados.
“A febre aftosa é uma doença que proíbe a exportação para muitos países. A exportação pelo Porto do Açu vem em um momento adequado, em que o estado tem uma condição boa para exportar, e isso vai favorecer os nossos produtores”, afirmou Maurício Sales, ressaltando que o estado do Rio já está há 27 anos sem febre aftosa.