A Prefeitura de Campos, por meio da Secretaria de Obras e Infraestrutura, prossegue com a demolição do prédio do antigo Hotel Flávio. Durante inspeção técnica da Secretaria de Defesa Civil foi constatado o risco iminente de acidente devido ao estado deteriorado da estrutura e aumento progressivo das rachaduras. Mediante a queda da fachada na altura dos pisos superiores bem como de paredes internas, foi emitido laudo com indicação para demolição. A Secretaria de Obras providenciou a demolição na segunda-feira (13), com uso de máquina. A partir desta quinta-feira (15), por medida de segurança, não serão mais derrubadas paredes inteiras e o trabalho passou a ser manual, com a remoção de tijolo por tijolo.
A previsão é que a Rua Carlos Lacerda, no trecho entre a Avenida Sete de Setembro e a Rua 21 de Abril, seja liberada em 15 dias, conforme avaliação do subsecretário de Obras e Infraestrutra, José Fernando Guedes, que coordena os trabalhos de demolição iniciados com 14 homens na segunda-feira, no período crítico ante o risco de queda dos paredões superiores construídos com tijolos dobrados (cruzamento dos blocos), porque na época da construção não havia uso do concreto.
RUA NOVAMENTE INTERDITADA
Após a demolição parcial da fachada, os blocos de concreto que interditavam o trecho da Rua Carlos de Lacerda e desviavam o tráfego na Sete de Setembro a partir da Rua dos Andradas foram removidos sem autorização dor órgãos competentes. Como a demolição ainda está em andamento e há necessidade de movimentação de máquinas para o serviço no local, a Secretaria de Obras, em entendimento com o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) e a Guarda Civil Municipal, providenciou caminhão Munck e os blocos de concreto foram novamente reposicionados para impedir o trafego de veículos no trecho, ainda interditado. Fitas zebradas foram colocadas para impedir que pedestres passem próximo da parede da fachada do pavimento térreo, que permanece no local para conter os escombros da demolição da parte superior, que estava prestes a ruir.
Nesta quinta-feira (15), a etapa inicial dos trabalhos iniciais contou com cinco operários que estão demolindo nos pontos estratégicos para abrir caminhos para instalação de andaimes e uso de pequenos marteletes nos pontos propícios. Na medida que as primeiras fileiras do topo forem retiradas, o número de operários chegará a cerca de 10 pessoas no trabalho manual.
PEÇAS PARA O MUSEU SERÃO PRESERVADAS
Durante toda manhã e parte da tarde, o subsecretário permaneceu no local, orientando trabalhadores e conversando com moradores e comerciantes da Rua Carlos Lacerda e da Avenida Sete de Setembro cujos imóveis são vizinhos do antigo prédio do hotel. José Fernando teve acesso franqueado por moradores e gerentes dos estabelecimentos para avaliar os tipos de ferramentas e equipamentos necessários para usar na demolição cautelosa dos paredões do prédio em ruínas, uma vez que as paredes são geminadas com outros imóveis.
O subsecretário também se reuniu, no local, com a historiadora diretora do Museu Histórico de Campos, Graziela Azevedo, que reivindicou cuidados para a preservação de uma grade frontal e da porta central do hotel para que sejam integradas ao acervo do museu.
“A previsão é que os trabalhos durem cerca de 15 dias, com todo material (pranchões de madeiras e restos de tábuas de assoalhos e umbrais queimados, bem como os blocos de tijolos maciços e vigas de pedras lavradas), removidos do local. Então, poderemos liberar o trecho da rua para o trafego de veículos ", conclui José Fernando.