O projeto de extensão “Letramento Literário e Alfabetização através da Literatura Campista" teve início nesta segunda-feira (4) na Escola de Aprendizagem Inclusiva (EAI). As atividades acontecem em parceria com a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf). Até o momento, 25 estudantes estão sendo contemplados. Ainda há 15 vagas disponíveis. Podem participar alunos típicos e atípicos da rede municipal de ensino de Campos entre 9 e 12 anos com dificuldades em ler e escrever.
Pâmella Velasco de Freitas inscreveu o filho Taian Velasco de Freitas Bernardo e aplaudiu a iniciativa. “Está sendo muito bom e gratificante pois vemos as crianças interagindo, participando da aula, é lindo de ver. Os professores são ótimos, dispostos em conhecer as crianças, têm muito carinho com todos. Meu filho super gostou das aulas de hoje, da musicalização e curtiu muito todos professores. Tenho certeza de que esse projeto vai ajudar muito a todos eles e cada dia vai ser um novo aprendizado”, afirmou.
Ela garante que o filho vem evoluindo muito na EAI. “Ele tem TDAH e a escola vem sendo de muita importância para ele em tudo, pois ele evolui muito aqui, sou muito grata! Ele entrou na escola em agosto do ano passado, e de lá pra cá só aprendeu coisas boas. A diretora é maravilhosa e a Escola tem muito amor e cuidado. Eles fazem tudo com muita dedicação para que as crianças se sintam bem felizes e acolhidas”, completou Pâmella.
Professora voluntária no projeto e doutoranda em Cognição e Linguagem pela Uenf, Caroline de Almeida Delgado falou sobre o início das atividades. “Hoje tivemos o primeiro contato com os alunos da Escola Inclusiva que farão parte do projeto. Foi uma tarde de muita alegria e aprendizado. Pudemos perceber em cada criança quais são as suas bagagens culturais e limitações, para que nos próximos encontros possamos alinhar os nossos planejamentos, explorando as potencialidades de cada um. Estamos animados para os próximos encontros”, disse.
Os interessados devem procurar a EAI, que funciona na Cidade da Criança Zilda Arns, no Parque Alzira Vargas, levando uma foto 3x4, certidão de nascimento, carteira de vacinação, documento de identidade do responsável e comprovante de matrícula em uma escola pública.
As aulas vão acontecer toda segunda-feira, a princípio com quatro turmas, nos turnos da manhã e tarde. E quem desejar participar como voluntário no projeto pode enviar um e-mail para edu.inclusiva.carolinedelgado@gmail.com, porém, deve ser profissional da área da Educação.
O projeto conta com a coordenação do professor da Uenf, Sérgio Arruda, e ainda com seis profissionais da área da educação, dentre eles especialistas, mestres e doutores nas áreas de Cognição e Linguagem, Letras, Literatura, Educação Inclusiva, Autismo e Altas Habilidades. Também participa do trabalho um bolsista musicista, atuante na questão lúdica.
Segundo a coordenadora da EAI, Eleonora Nascimento, estão sendo trabalhadas as obras das escritoras campistas Sylvia Paes e Carmem Eugênia, como: Ururau da Lapa, Indiozinho Cratscá, Rainha Raya, Mana Chica e Conversa Fiada, pois, além de retratarem a cultura local e a história, também trazem a variação linguística da cidade.
“A importância dessa parceria é muito valiosa sempre. A educação em movimento produz conhecimento de diversas formas e isso contribui para o processo de desenvolvimento do aluno, atendendo a suas necessidades mais urgentes no que diz respeito à aprendizagem”, ressaltou Eleonora.