Mulheres alcançam o protagonismo com o auxílio de programas sociais

Nos últimos três anos, a política de Assistência Social desenvolvida pela Prefeitura, através da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, teve um aumento de cerca de 95% no atendimento à população que vive em situação de vulnerabilidade. Os programas sociais, desenvolvidos dentro dessa política, aumentam a capacidade econômica de diversas famílias, em especial aquelas que são chefiadas por mulheres. No Cartão Goitacá, programa de transferência de renda no valor de R$ 200 para compras em supermercados, dos 20 mil beneficiários, cerca de 94% dos cartões emitidos estão em nome de mulheres.

Mulher e mãe de duas crianças, Angéssica Ferreira da Silva, de 27 anos, é referenciada do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Parque Guarus e é beneficiária do Cartão Goitacá e do Bolsa Família. Com os dois benefícios, ela consegue realizar a compra do mês da família e também honrar com outros compromissos. Ela conta que os dois programas a estimularam a buscar a autonomia financeira. Atualmente, depois de fazer um curso de confeitaria, ela se tornou uma empreendedora, fazendo bolos e doces para vender e complementar a renda familiar.

“Antes de ter o Cartão Goitacá e do Bolsa Família, eu fazia bico de faxineira. Só que chegou um momento que meu esposo ficou desempregado e eu comecei a fazer bombons, mas vendendo de porta em porta. Logo após isso, eu engravidei e continuei fazendo faxina e vendendo os doces. Aí, eu procurei o CRAS mais próximo, que é do Parque Guarus, e consegui ser beneficiária do Bolsa Família e depois do Cartão Goitacá. Com a ajuda, eu consegui investir no meu negócio e aumentei a produtividade. Ainda não tenho uma loja física, mas consigo fazer o meu extra com a confeitaria virtual”, explicou a empreendedora.

Segundo um levantamento feito pela Vigilância Socioassistencial, departamento vinculado à SMDHS, com base no mês de novembro de 2023, existem 136.968 mulheres inseridas no Cadastro Único em Campos, o que representa 58% do total de pessoas no CadÚnico que residem no município.

O mesmo levantamento mostra que, através do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), 92% das famílias acompanhadas pelos 13 Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) eram chefiadas por mulheres em 2023. No caso do acompanhamento pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), também pelo PAIF, 83% das famílias tinham o grupo feminino como chefe.

Para a coordenadora dos CRAS, Verônica Rocha, a assistência através de programas sociais auxilia as mulheres e suas famílias e serve como passagem para a autonomia financeira que resultará no empoderamento feminino.

“Consideramos a política de Assistência Social como uma mola propulsora para a inclusão e a visibilidade feminina, podendo transformar o cotidiano dessas mulheres, alargando seus caminhos, além de inseri-las na sociedade como ser ativo. Nesse sentido, as mulheres que são acompanhadas nos CRAS têm acesso, não só a benefícios de transferência de renda, como Bolsa Família, Cartão Goitacá, mas a ferramentas para a promoção de sua autonomia. Seja aquela mulher que tem um companheiro desempregado, ou que esteja desempregada, seja a mãe solo que cria seus filhos sozinhos, seja a mulher trans, a gente trabalha com o objetivo do seu empoderamento, porque historicamente essa mulher sempre foi vista como um ser submisso. Muitas mulheres conseguiram seu empoderamento e superaram a situação que vivenciavam através dos nossos benefícios. Hoje são microempreendedoras, hoje tem o seu próprio negócio, hoje elas caminham sem necessitar de nenhuma ajuda, sem necessitar de nenhuma submissão”, disse.

Em 2021, primeiro ano do mandato do prefeito Wladimir Garotinho, foi criada a Subsecretaria Municipal de Políticas para Mulheres, que foi a primeira pasta do município voltada a levar informação, orientação e atividades para a população feminina. Junto com a Subsecretaria, o município ganhou equipamentos como o Ceam, que dá assistência a mulheres que sofreram algum tipo de violência. Os dois órgãos são vinculados à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social e têm na gerência a subsecretária Josiane Viana.

"Os números mostram que as mulheres são maioria nas chefias das famílias. Quando a gente faz os eventos para a entrega ser algum benefício, muitas mulheres estão lá para entender como funciona. Infelizmente, vivemos situações em que elas são vítimas de violência. O governo do prefeito Wladimir Garotinho, preocupado com as mulheres, criou uma Subsecretária voltada para esse público, além do CEAM. O município, em parceria com a sociedade, a Justiça, a Polícia Civil e também a Polícia Militar, tem se dedicado na reestruturação, na garantia de direitos e proteção da mulher”, disse o secretário Rodrigo Carvalho.

As mulheres mães e gestantes que vivem em situação de vulnerabilidade no município também são contempladas pela Assistência Social. O programa Mãe Coruja já ofertou 1.719 kits com material necessário para ajudar no enxoval dos primeiros meses de vida da criança. Entre 2022, primeiro ano de lançamento, e 2023, o aumento de concessão foi de 38%.

O Criança Feliz, programa parceria com o Governo Federal para acompanhar as mães e o desenvolvimento das crianças de 0 a 6 anos, também mostra o protagonismo feminino. Em quase um ano de implementação, o programa está com a adesão de 1.890 famílias e já foram realizadas 30 mil visitas domiciliares. Até o final de 2024, a meta é atingir a marca de 2.600 famílias em acompanhamento.

Mãe de dois filhos, Mayara Mariana, de 27 anos, aderiu ao programa e viu a filha Maria Júlia, de dois anos, se desenvolver com a ajuda dos visitadores.

“Ela já sabe as cores, contar os números e pintar. Ela está indo muito bem nas atividades passadas pelos visitadores. O Criança Feliz tem sido nota 10 para a minha família”, contou a dona de casa.