Além de Santo Eduardo, distrito que foi o mais afetado pelas fortes chuvas do último final de semana, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, acompanha a situação em outros bairros e localidades do município. Divididas, as equipes dos 13 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e dos três Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) percorrem locais que foram alagados, como ruas e residências, na Penha, Parque Santa Rosa, Jockey, as localidades Conselheiro Josino, Ponta Grossa dos Fidalgos e Farol de São Tomé (Terminal Pesqueiro e Vila dos Pescadores), e o distrito de Santa Maria, na Região Norte.
Na manhã desta segunda-feira (25), o secretário de Desenvolvimento Humano e Social Rodrigo Carvalho, se reuniu com todas as equipes para reforçar o compromisso da pasta com as famílias que de alguma forma foram afetadas pelo forte temporal. “Além do direcionamento aos bairros, essa reunião serviu para que as nossas equipes, que são treinadas para essa situação, estejam cada vez mais perto da população neste momento tão difícil. No dia a dia, essas pessoas já são atendidas pelos nossos 13 CRAS espalhados na cidade, mas vivemos nesta semana uma situação atípica, que necessita de um olhar mais perto e humanizado”, explicou o secretário.
O trabalho consiste em um levantamento para identificar quantas famílias foram afetadas pela chuva. Andando pelas ruas dos bairros e conversando com os moradores, as técnicas do CRAS e CREAS buscam saber quantas pessoas compõem aquela família, o que foi perdido na enchente, se naquele bairro existem pessoas desabrigadas ou desalojadas, além da necessidade de entrega de kits humanitários, como água potável, cestas básicas, materiais de higiene e limpeza, colchonetes, etc. A SMDHS iniciou o processo de análise de elegibilidade e cadastramento para que as famílias sejam incluídas em algum programa social do município, como o Aluguel Social, e o Cartão Recomeçar, que é em parceria com o Governo do Estado.
Morador da Estância da Penha, Milton Barroso, de 59 anos, recebeu as equipes da SMHDS. Ele conta que foi surpreendido pela chuva na madrugada de domingo (24), quando a água entrou na sua casa de forma muito rápida.
“Foi uma situação muito difícil, porque eu moro sozinho e não consegui fazer nada além de tentar levantar alguns móveis, mas alguns ficaram danificados. O que eu salvei, consegui mandar para a casa do meu filho. As minhas roupas também ficaram todas molhadas. Eu estou desempregado, então essa visita das assistentes sociais ajuda muito, porque, assim como eu, muita gente vai precisar recomeçar”, contou.
As irmãs Mariana Delorides e Shaira Delorides também foram atendidas pelas equipes. Com as casas tomadas pela água, elas tiveram que ir para a casa da mãe na Estância da Penha.
“A gente saiu de casa, mas quando voltou viu que a rua estava toda alagada e a casa também. A conseguiu tirar pelo menos alguns documentos, mas perdeu muita coisa. Não teve outra alternativa a não ser vir para a casa da nossa mãe. Eu não recebo nenhum benefício e a minha irmã não trabalha, porque tem problemas de saúde e um filho autista”, disse a Mariana Delorides.
Prefeitura segue no atendimento às famílias de Santo Eduardo
O 13º distrito de Campos, Santo Eduardo, foi o mais atingido pelas fortes chuvas. Cerca de 90% das residências foram afetadas pela enchente. De acordo com dados da Vigilância Socioassistencial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, 116 pessoas estão desalojadas, que são aquelas que precisaram sair de suas casas temporariamente e foram para a casa de amigos ou parentes. Há também 124 pessoas desabrigadas, ou seja, que perderam os seus imóveis. Em Santo Eduardo, foram montados três pontos para receber os desabrigados, sendo a Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, além de duas igrejas, uma evangélica e outra católica.