Com 100 dias de funcionamento, o novo Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Geral de Guarus (HGG), inaugurado em janeiro pelo prefeito Wladimir Garotinho e pelo vice-prefeito Frederico Paes, comemora resultados na qualidade do atendimento prestado aos pacientes que necessitam de cuidados intensivos. Com 20 leitos, o centro está entre as maiores Unidades de Terapia Intensiva (UTIs Clínicas) do interior do estado do Rio de Janeiro. Entre janeiro e início de março de 2024, o censo hospitalar registrou 90% de ocupação.
"Depois dos 100 dias confirmamos o que imaginávamos sobre o aumento da qualidade da assistência aos pacientes que precisam de medicina intensiva, já que inauguramos um CTI muito mais tecnológico, com logística de estadia muito mais humanizada e com possibilidade de integração muito maior entre as equipes. E o resultado desses investimentos é uma assistência muito melhor. Ficamos muito felizes e, obviamente, não vamos parar por aí, vamos evoluir com os protocolos para que os pacientes tenham uma melhor assistência intensiva no HGG", adianta o superintendente do hospital, o médico Vitor Mussi.
A diretora clínica do HGG, a médica Luisa Barreto comemora os resultados. “Estamos todos muito contentes e satisfeitos em confirmar, após os 100 primeiros dias de funcionamento da UTI, o quanto esse novo espaço está impulsionando os nossos profissionais. O novo CTI, com maior capacidade física e estrutura melhor, está contribuindo para os servidores continuarem dando o seu melhor e a buscarem cada vez mais novos horizontes para o nosso hospital”, concluiu Luisa.
Estrutura
O CTI é dividido em quatro ilhas de monitoramento com uma tecnologia de ponta que acompanha a evolução do paciente ininterruptamente. “O CTI é o departamento que projeta uma unidade de saúde ao nível de hospital de alta complexidade. É por meio no nosso CTI que o HGG atinge a classificação de Referência em Emergência Branca, ou seja, referência em casos clínicos. E com 20 leitos nós reforçamos ainda mais nossa importância em toda a região”, afirma a coordenadora de enfermagem da UTI, Luiza Abreu.
A paciente J.C. - que terá a identidade preservada nesta reportagem - ficou internada na UTI por dois meses e recebeu alta nos últimos dias. A família dela utilizou as redes sociais para descrever o atendimento de excelência na unidade. “Agradecemos aos funcionários do HGG pela dedicação e empenho no tratamento da paciente, que, durante dois meses sem perspectiva de vida, recebeu um milagre de Deus através dos profissionais e, acima de tudo, do senso de humanidade e amor que transcenderam a rotina do trabalho que lhes é peculiar”, publicou o filho da paciente.
Recurso humano
No comando do sistema e da assistência de alta vigilância existe uma equipe bem treinada e especializada. É o que garante o coordenador do CTI, o médico intensivista Lewry Gulin. “Nosso recurso humano é o melhor da região. Eu diria até do interior do estado. São dois médicos plantonistas e outros três de rotinas diárias, além do médico coordenador. Na enfermagem temos três plantonistas, a coordenadora de enfermagem e 13 técnicos de enfermagem. A equipe multidisciplinar abrange farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas. Aqui no HGG temos uma exclusividade, que é o profissional dentista também presente na UTI, completando a assistência ao paciente”, comemora Lewry.
A equipe é formada, especializada e atualizada. Há profissionais com mestrado e doutorado, além de toda a experiência adquirida ao longo dos anos. “Estamos aptos a discutir condutas médicas, diagnósticos e tratamentos com os novos profissionais que chegam e atuam por todo o hospital, principalmente na Emergência, gerando qualidade no atendimento como um todo”, explica Lewry.
Rotina de humanização
As internações na UTI duram, em média, de uma semana a seis meses. Os pacientes que chegam à UTI estão em falência orgânica. “Eles têm necessidade de aparelhos para respirar, como a ventilação mecânica, por exemplo. Outros precisam de um medicamento específico para ajudar na força cardíaca para bombeamento do sangue. Recebemos pacientes necessitando de hemodiálise agudamente e aqui ele tem uma estabilização até poder voltar para a hemodiálise crônica. Recebemos pacientes com infecções graves e já em choque, que precisam de instrumentos para a manutenção da vida. Outros pacientes vêm em estado grave de um pós-cirúrgico, por exemplo”, conta Lewry.
A visita na UTI ocorre uma vez por dia. Há pacientes de todas as idades, entre crianças, jovens, adultos e idosos. O índice de óbitos é considerado baixo. Em um mês, foram registrados três mortes.
Tecnologia e modernização
A UTI do HGG conta com uma estrutura física para cuidados intensivos. Possui uma farmácia exclusiva, aparelho de hemodiálise 24 horas, máquina de ultrasson e raio-x digital para usos exclusivos no setor. Os 20 boxes são individualizados, ou seja, não são separados por cortinas. Entre eles há dois de isolamento para pacientes que oferecem risco de contágio.
O novo CTI está equipado com 20 monitores, 20 camas elétricas com capacidade de 200 quilos, 10 computadores, respiradores mecânicos, desfibriladores, além de mobília como cadeiras, mesas e estantes.
A nova UTI possui, ainda, cozinha, refeitório, dormitório, vestiário e sala de descanso para garantir conforto aos profissionais na rotina laboral.
O novo CTI foi inaugurado no dia 9 de janeiro de 2024 e, no dia seguinte, aconteceram as primeiras internações.