Desde a pandemia da Covid-19, reuniões virtuais se tornaram algo comum para todos, principalmente no mundo corporativo, e as exigências de qualidade e segurança nas transmissões estão cada vez maiores. O engenheiro e empreendedor Luiz Gustavo Borges apostou nesse segmento antes da pandemia acontecer, por meio da empresa Congresse-me, uma das startups desenvolvidas pelo empreendedor e incubado na TEC Incubadora. Ele emplacou matérias em mídias nacionais, como o caderno Negócios e Leilões do Jornal O Globo. A reportagem foi destaque na editoria no início do mês de abril.
O empreendedor está virando referência nessa área. Com a experiência de mais de 1.000 eventos, a startup realizou a Conferência Global da Unesco contra o Racismo, transmitida em quatro idiomas, sendo um dos cases de sucesso. Ele explica que a qualidade da transmissão é fundamental para essas conferências e congressos.
“Instabilidade da internet, áudio de má qualidade, tudo isso pode comprometer um debate e causar problemas, além do acompanhamento pessoal de palestrantes e organizadores. Por isso, os executivos e líderes, cada vez mais, procuram por estruturas personalizadas na hora de realizar esses encontros”, ressalta.
Luiz Gustavo foi incubado na TEC com a startup MePassaAí, que teve clientes em 115 países. Hoje, ele compõe o time de mentores da TEC e, através do Programa Startup Campos, da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, está incubado com seu novo projeto, o Clube Arte. Ele falou da importância de ter seu trabalho divulgado nacionalmente.
“Acho importante demais esse destaque nas mídias nacionais para poder mostrar principalmente o trabalho que é realizado aqui no interior e como a gente, criando com startups aqui, com pessoas daqui, consegue alcançar o mundo inteiro. Ter pessoas de todos os cantos do Brasil consumindo produtos e serviços, gerando receita para a empresa, imposto para o município, mostra que esse é um caminho muito relevante para essa nova economia do futuro”, ressalta Luiz.
O empreendedor disse ainda que faz parte da Startup Campos através do “Clube Arte” desde o ano passado e, de agosto até agora, já firmou parcerias com duas empresas do setor, conseguiu dois bolsistas da Faperj e está avançando para estruturar cursos mais completos para a profissionalização das artesãs.
O Clube Arte começou com a mãe dele, que era artesã. “Eu e minha mãe iniciamos um canal no YouTube, em 2017, de artesanato. Ela era extremamente talentosa e eu trabalhava com tecnologia. O canal explodiu e, em sete meses, já tinha 100 mil inscritos. Continuou crescendo de maneira exponencial, virando um sistema maior: canal, blog, produtos, lojinha, se transformando em um dos maiores canais de artesanato do Brasil, com 700k participantes ao final de 2020”, disse.
Neste mesmo ano, eles tiveram a ideia de resolver os dois problemas comuns em mais de 50 mil comentários: as artesãs queriam viver de artesanato e vender mais.
“Assim, pensamos no Clube Arte, uma plataforma que juntasse uma Netflix de empreendedorismo para artesanato e a oportunidade de criar uma lojinha virtual por artesã de maneira instantânea. Tudo isso com sentimento de comunidade. Porém, minha mãe faleceu em decorrência da Covid, no fim de 2020. Após três anos amadurecendo a ideia, resolvi avançar com a empresa, com a ajuda de amigos, como forma de manter o legado de Silvinha Borges. A partir disso, inscrevi a empresa no programa Startup Campos e já está sendo muito importante para o crescimento”, finaliza Luiz Gustavo.