O 18 de maio marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial e, para celebrar a data, a Secretaria Municipal de Saúde, através do Programa de Saúde Mental, preparou uma vasta programação, com palestras, capacitação, caminhada e um sarau. As ações começaram nesta sexta-feira (17) pela manhã, com uma palestra educativa com o tema: LGBTfobia, identidade de gênero e orientação sexual: cidadania e direitos. Na parte da tarde, a equipe do programa foi às ruas para uma caminhada em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF).
Segundo a gerente de Saúde Mental, Cristiane Vasconcelos, o movimento busca garantir os direitos das pessoas em sofrimento psíquico e uso decorrente de substâncias psicoativas. Além disso, o programa vem trabalhando para que a Rede de Atenção Psicossocial seja um espaço para que os indivíduos com transtornos mentais tenham um tratamento mais humanizado, com envolvimento da família, da sociedade e amigos.
“O movimento da luta antimanicomial defende os direitos das pessoas com sofrimento mental, combatendo a ideia de isolamento em nome de tratamentos. Destaca-se a luta pela liberdade, convivência em sociedade e recebimento de cuidados sem abrir mão da singularidade e cidadania. O movimento busca empoderar profissionais, associações, usuários e familiares para garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais. É importante citar também o movimento da reforma psiquiátrica, que resulta na Lei 10.216 de 2001, conhecida como lei Paulo Delgado, que protege os direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe um novo modelo de assistência, marcando o papel do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil”, informou Cristiane.
Nesta sexta-feira (17), a palestra e capacitação, ministrada pela coordenadora do Centro de Cidadania LGBTI+ Norte Fluminense, Chana Ribeiro, foi realizada no auditório do Conselho Municipal de Saúde. “Estarmos aqui hoje fazendo essa capacitação para a equipe da saúde mental é de suma importância. Sabemos que essa população sofre uma série de discriminações ao longo de suas vidas, principalmente no seio familiar e isso causa uma fragilidade psicológica enorme nessas pessoas. Temos feito um trabalho de fortalecimento dos nossos usuários e capacitar os nossos profissionais também faz parte desse processo de cuidado”, disse.
A programação segue na próxima sexta-feira (24), com um Sarau no Jardim São Benedito, às 14h e, na segunda-feira (27), com a equipe da Educação Continuada, com o tema Luta Antimanicomial, no auditório do Conselho Municipal de Saúde.
SAÚDE MENTAL
Além de quatro Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) conta com cinco Residências Terapêuticas (RTs); Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI); Matriciamento; Perícias Médicas; Serviço de Desinstitucionalização; Pronto Socorro Psiquiátrico (PSP); Ambulatório Ampliado de Saúde Mental e Centro de Reabilitação Física e Intelectual para Pessoas Especiais (Crefipe), que funciona em Santa Maria.