O Teste do Pezinho é um exame obrigatório, feito em recém-nascidos com o objetivo de detectar precocemente algumas doenças, sendo realizado por meio do Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PAISMCA). Em Campos, de janeiro a abril deste ano, foram realizados 1.668 exames. O agendamento é feito pelas maternidades, ou por livre demanda na Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A coleta de uma gota de sangue do calcanhar do bebê deve ser realizada entre o terceiro e o quinto dia de vida, como preconizado pelo Ministério da Saúde. A única exceção é em casos de crianças prematuras, que nascem com menos de 37 semanas ou com peso igual ou menor do que 2 kg. Nesses casos, devem ser coletadas três amostras, sendo a primeira logo ao nascer, antes do uso de medicamentos ou transfusões; a segunda entre 48 e 72 horas de vida e a última com 28 dias de nascido ou no momento da alta hospitalar.
“Quando ocorre transfusão sanguínea, deve-se realizar uma nova coleta 120 dias após a última transfusão. Para coleta tardia, quando a criança tem mais de 30 dias de vida, é necessário levá-la ao pediatra para que o profissional solicite um pedido de teste do pezinho ampliado, cuja marcação será agendada pelo Núcleo de Controle e Avaliação”, explicou a enfermeira do PAISMCA, Bruna Severiano.
Bruna destaca que o exame é a primeira e grande estratégia de prevenção de doenças em crianças. Ela explica que, além do Pezinho, outros quatro testes fazem parte dos exames da triagem neonatal: Teste Orelhinha, Linguinha, Coraçãozinho e Olhinho, sendo os dois últimos realizados no próprio hospital no momento da alta.
“O Teste do Pezinho é um exame obrigatório e importante para detecção de várias doenças graves que afetam, inclusive, o desenvolvimento da criança, como a fenilcetonúria; a fibrose cística; a Hiperplasia Adrenal Congênita (HAC); a Deficiência de Biotinidase (DBT); a toxoplasmose congênita; o hipotireoidismo congênito e as hemoglobinopatias (grupo de doenças em que ocorre alteração na produção da hemoglobina, tendo as patologias mais frequentes: a Doença Falciforme e a Talassemia)”, pontuou Bruna, informando que, quando existe a suspeita ou confirmação de toxoplasmose congênita, os recém-nascidos são encaminhados e acompanhados pelo Centro de Tratamento de Doenças Infecto-parasitárias, CDIP.
Mãe do pequeno Pedro Henrique, de 1 mês e 6 dias, a professora Greice Arêas Bernardo Avelino, 38 anos, disse que todo exame feito em tempo certo faz com que o bebê tenha uma qualidade de vida melhor. “Eu, como já tenho duas filhas, sempre fui bem orientada sobre a importância do teste do pezinho, e com o Pedro não foi diferente. O levei à Secretaria de Saúde, onde fui muito bem atendida pelas funcionárias. Quero aqui registrar meus sinceros agradecimentos a toda equipe da secretaria”.
Para o teste, o responsável tem que apresentar certidão de nascimento do bebê, cartão de vacina, CPF e documento de identificação com foto. O PAISMCA funciona das 8h às 17h, mas o teste do pezinho é feito até as 16h, de segunda à sexta-feira. O resultado sai em 20 dias e pode ser conferido por meio do site (
AQUI). Aqueles que não têm acesso à internet, no prazo de 30 dias após o exame, podem ir diretamente ao PAISMCA, no Centro de Saúde, que funciona anexo ao prédio da Secretaria de Saúde. Para mais informações, o número de telefone para contato é o (22) 981770215 – Serviço Social do Teste do Pezinho.