A Obra do Salvador, entidade que integra jovens à sociedade por meio dos cursos de qualificação, celebrou seus 37 anos de fundação nessa terça-feira (28). O evento, que aconteceu em sua sede, no Parque Leopoldina, contou com missa festiva, celebrada pelo presidente da Obra, Padre Wallace, e um coquetel oferecido aos convidados. A celebração foi acompanhada pela secretária de Desenvolvimento Humano e Social, Aline Giovannini, a subsecretaria Paloma Campos, além de assistidos, funcionários, empresas parceiras e comunidade local.
Com quase quatro décadas de história, a entidade é parceira do município e, através do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS), recebe verbas mediante emenda parlamentar. Neste ano, a Obra do Salvador já recebeu 10 computadores e R$ 200 mil para custeio.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), a Obra do Salvador oferece oficinas de tecnologia, artes criativas e culinária para adolescentes e adultos. Representando o prefeito Wladimir Garotinho, a secretaria Aline Giovannini falou da importância do trabalho realizado pela Obra do Salvador.
“Já há algum tempo a gente vem mantendo essa parceria com a Obra do Salvador, entidade que realiza o serviço de proteção básica aqui na instituição de uma maneira bastante expressiva, de uma maneira que alcança os nossos jovens em situação de vulnerabilidade. Através da entidade, com a nossa orientação, esse trabalho vem alcançando o maior número de jovens e pessoas da comunidade que precisam dessa proteção social, que é o principal objetivo da Política Pública de Assistência Social, que a gente tanto defende, luta e trabalha”, disse a secretaria.
De acordo com o presidente da Obra do Salvador, Padre Wallace Azevedo, atualmente a instituição atende 850 pessoas. Para o padre, a entidade oferece aos jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social oportunidades para construir uma nova história.
“O portão da Obra é um portão de sonhos. A gente mostra para esse jovem uma nova perspectiva de vida. Muitos chegam aqui sem formação humana, mas também técnica. Quando a gente vê o jovem engajado, construindo a sua família e sua vida, é motivo de muita alegria para nós. A gente os coloca em uma história de justiça, ética e trabalho, mostrando que eles podem ganhar a vida na verdade”, disse.
O sacerdote ainda reforçou a importância da parceria entre a entidade e a Prefeitura. “Deus é muito bom conosco, então, só temos a agradecer a ele pelos 37 anos da instituição. Além dele, temos nossos colaboradores, empresas parceiras e a Prefeitura, através do prefeito Wladimir Garotinho e a Tassiana, que trilham esse caminho da área social de uma forma muito bela. Tudo isso agrega muito ao trabalho que desenvolvemos. Quem ganha é o jovem, que acaba tendo muitas oportunidades”, finalizou.
Além do SCFV, a Obra do Salvador ainda desenvolve projetos de cursos profissionalizantes, como “Primeiro Passo”, que atende cerca de 60 adolescentes, com idades entre 14 e 18 anos incompletos, com cursos livres para inserção no mercado de trabalho. São eles: empreendedorismo; tecnologia; artes cênicas; comunicação; práticas administrativas e comerciais; ética, postura e conduta. Na entidade ainda é desenvolvido o projeto “Visão do Futuro”, de qualificação profissional de jovens de 18 a 22 anos, focado em desenvolver habilidades voltadas para o mercado de trabalho. Já os jovens com idades entre 14 e 24 anos podem participar do programa Jovem Aprendiz, que integra teoria e prática para as vivências profissionais.
Na instituição desde 2022, a Jhenifer Reis, de 17 anos, atualmente desenvolve a função de auxiliar administrativa como jovem aprendiz. Ela, que já participou do projeto do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SVFC) dentro da Obra do Salvador, diz que desenvolveu práticas que vão servir para a sua vida profissional e pessoal.
Foto: Éder Souza / Divulgação
“Essa experiência tem sido muito importante para o meu desenvolvimento pessoal e profissional. Como jovem aprendiz, eu trabalhei meu comportamento com outros jovens, adultos e também com a minha família. Antes de ser contratada, eu participei do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, que mudou a minha relação com o meu pai, literalmente restabelecendo o vínculo com ele, que estava cortado. Tudo isso me ajudou a ser uma boa filha para ele, mas também uma boa pessoa para o mundo”, disse a jovem.