Com 30 anos dedicados à Educação na Rede Municipal, a professora Luciana Soares utiliza o Método das Boquinhas em seu processo de alfabetização, cuja proposta trabalha a consciência fonológica em crianças típicas e atípicas. Por meio da sua experiência e sua prática pedagógica, ela consegue identificar de forma rápida os alunos com dificuldade na fala e escrita e, consequentemente, propõe atividades e projetos visando auxiliar os alunos na superação das limitações.
Visando conhecer o sucesso do trabalho da professora, a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia, Tânia Alberto, visitou, nesta sexta-feira (14), a turma de Luciana, no 1º ano de escolaridade da Escola Municipal Jacques Richer, situada em Campo Novo.
Tânia explicou que a educadora trabalha a Sacola de Leitura cujo projeto apresenta novas estratégias para transformar a realidade educacional em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e com o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA).
Como fundamentação teórica, o trabalho dela é embasado na fonoaudióloga Renata Jardini, que propõe a utilização do Método das Boquinhas, que estimula tanto crianças típicas quanto neuroatípicas com essa abordagem multissensorial, sucesso na alfabetização.
“O fazer pedagógico da Luciana toca os quatro pilares da educação para construção da cidadania, sendo aplicável em qualquer realidade. Ela utiliza jogos diversificados e leitura divertidas, fantoches e explora o entrelaçamento entre família e escola, o intercâmbio entre os alunos, garantindo a qualidade dessa proposta”, destacou Tânia.
Graças ao excelente trabalho realizado na rede, Luciana participou da etapa municipal do "Prêmio Magda Soares: Transformando Vidas Pela Leitura", tendo ficado em terceiro lugar. A unidade tem 145 alunos do P2 ao 5º ano, e atende também crianças de outras localidades como Barcelos e Venda Nova, tendo sido municipalizada em 2007.
Para Tânia, inovar e desenvolver métodos para alfabetização é muito importante para incentivar na criança o despertar para a leitura e a escrita.
"Esse é um método importante, sim, para construir a consciência fonológica, que é para a criança conseguir fazer essa associação entre o som das palavras, o som das letras e a forma de emissão. Então, para o início da alfabetização, para a criança que ainda não tem essa consciência fonológica, ele faz muito sentido. Mas é muito importante que não só esse, mas outros tantos métodos sejam integrados no modelo de por onde a criança tem mais facilidade ou mais dificuldade para aprender", explicou Tânia.
De acordo com Luciana, por meio do método, ela consegue identificar crianças que precisam de atendimento individualizados, fazendo relatórios e encaminhando-os para atendimento psicológico ou fonoaudiológico.
"A consciência fonológica é fundamental na aprendizagem da leitura e escrita. Uma criança que tem a consciência fonológica bem desenvolvida, principalmente na Educação Infantil, consegue ser alfabetizada em 3 meses, tenho vivenciado isso nos últimos 12 anos nos quais utilizo esse método. Não dispenso outros recursos, principalmente o tecnológico que tem sido uma das ferramentas usadas durante as aulas de tecnologia", explicou a professora.
Representando a turma, a aluna Ana Sofia presenteou a secretária com o livro “Todos juntos: os objetivos de desenvolvimento sustentável e os desafios do milênio”, da escritora Bia Monteiro, com ilustrações de Camila Rosa, da Editora Evoluir. O exemplar foi assinado por todas os estudantes da sala.