Mediadores e pais atípicos e não atípicos de Tocos, participaram na manhã deste sábado (22), no Ciep Francisco Portela, do terceiro Seminário de Interação e Capacitação, que teve como tema principal Saúde Mental. A primeira-dama Tassiana Oliveira, participou do evento, ocasião em que ganhou o reconhecimento pelo seu trabalho em relação a neuro divergência e saúde mental, recebendo o título de madrinha do projeto que une as secretarias de Administração e Recursos Humanos, Saúde e Educação Ciência e Tecnologia.
Tassiana falou da importância da união entre as Secretarias para que não só o serviço, mas a informação e o conhecimento cheguem a quem precisa.
“A gente fala que o conhecimento é a base de tudo, porque quando o diagnóstico é apresentado para a gente, abre-se um mundo novo para todos nós. E isso eu digo de experiência própria, porque muito do que eu entendo hoje, foi a partir do que eu fui vivenciando ao lado dessas pessoas, por meio dos equipamentos que temos na Prefeitura e com isso, buscando cada vez mais conhecimento. Daí a necessidade que seminários como esse, aconteçam. Muito do preconceito, vem pela falta do conhecimento, por isso é importante ter informações, conversar, entender, para que assim, possamos compreender o próximo”, disse a primeira-dama.
A subsecretaria de Administração e Recursos Humanos, Karina Crespo, falou dos direitos que país atípicos que são servidores do município possui e colocou o setor de psicologia da administração a disposição desses servidores.
“A maioria dos servidores que nos procuram é mulher, que muitas vezes tem uma dinâmica bem complicada, pois além de cuidar de seus filhos, muitas vezes cuidam dos pais. Temos o nosso serviço social que dá esse apoio às nossas servidoras, aos nossos servidores. Seja na orientação, na redução da carga horária ou até mesmo fazendo papel de mediador junto a chefia direta. Estamos à disposição para acolher a todos pois entendemos que se o servidor estiver bem em casa, ele vai prestar um serviço de melhor qualidade para a nossa comunidade e esse é o nosso objetivo”.
Mãe atípica, Andréa Monteiro, relatou a importância da conscientização e da rede de apoio. “Sentir os olhares de julgamento é difícil. Receber e assimilar o diagnóstico também foi complicado. Mas minha filha é autista sim e ela é maravilhosa. Não podemos baixar a cabeça, precisamos buscar a rede de apoio que nos é oferecido e buscar mais, melhorar cada vez mais, pois somos seres evolutivos e principalmente respeitar o tempo e as limitações de cada criança, cada pessoa. Estou feliz por estarmos com esse espaço aqui na escola lotado, sei que a nossa cidade está evoluindo ao discutir esse assunto”.
Durante o seminário, a psicóloga Giovanna Moreira, coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSI), apresentou o trabalho realizado no equipamento.
“Estamos levando acesso às pessoas, pois muitas ficam perdidas sem saber onde ir nem como funciona um determinado equipamento. A saúde mental tem uma demanda muito grande, por isso, acho importante estar trazendo todas as informações para dentro do seminário, para que a comunidade conheça o serviço e conheça o que tudo temos para oferecer, o que ela tem de direito dentro da assistência”.
O Ciep Francisco Portela conta com 457 alunos, sendo 8 atípicos, e atende do 6º ao 9º ano, além da Educação para Jovens e Adultos (EJA). Coordenador dos Seminários, Carlos Basílio conta que o primeiro seminário aconteceu na localidade de Santa Maria e o segundo em Morro do Coco, ano passado.