Campos recebeu nesta terça-feira (2) representantes da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) para dar continuidade ao trabalho de descentralização das ações do Programa de Tuberculose para a Atenção Primária à Saúde. O encontro, organizado pelo Núcleo de Educação Permanente e Prática em Saúde (NEPS), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, aconteceu no Centro Administrativo José Alves de Azevedo. O tema da capacitação foi “Manejo Clínico da Tuberculose” e teve como público-alvo médicos e enfermeiros que atuam na Estratégia de Saúde da Família do município.
A ação foi conduzida pelo secretário de Saúde, Paulo Hirano, e contou com o apoio da Subsecretaria de Atenção Básica e Subsecretaria de Vigilância em Saúde.
Hirano mencionou a importância da capacitação e do conhecimento na busca ativa da tuberculose, destacando a necessidade de identificar precocemente os sintomas respiratórios, como tosse persistente com secreção sanguinolenta, emagrecimento e mal-estar. O secretário salientou a eficácia do tratamento, que pode durar até seis meses, e a importância de buscar casos suspeitos nos contatos diretos.
“Quando falamos em tuberculose, que é uma doença infecciosa e silenciosa, é muito importante que tenhamos esse conhecimento de forma que possamos fazer essa busca de pacientes e melhorar a assistência à população. Por isso, a importância da capacitação para lidar com essa doença de forma eficaz. É fundamental estar atento aos sintomas respiratórios e buscar diagnosticar e tratar precocemente os casos suspeitos. A prevenção e o tratamento adequado são essenciais para o controle da tuberculose e para a saúde de todos os munícipes”, pontuou Paulo Hirano, enfatizando a relevância do evento.
Marneile Pereira Martins, gerente do Programa de Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde (SES), ressaltou que são muitos os desafios no enfrentamento à doença. Para ela, a melhor estratégia é descentralizar as ações de busca e de identificação dos casos de tuberculose na Estratégia Saúde da Família, na Atenção Básica e na Atenção Primária à Saúde.
“É a melhor estratégia, porque a gente tem uma doença que tem cura, tem a medicação, tem os profissionais para atender, mas falta a busca e identificação desses casos nas comunidades. Então, a gente precisa do envolvimento de parceiros. Acho que se tivesse que escolher uma palavra, seria parcerias, e o melhor parceiro é a Estratégia Saúde da Família”, disse.
A enfermeira Ana Cristina de Oliveira e Silva, da Gerência de Tuberculose do Estado, atua como parceira do município de Campos dos Goytacazes para a descentralização da linha de cuidado para tuberculose na Atenção Primária. Ela também reitera que a informação é a melhor estratégia para que a população acometida pela doença reconheça os sinais e os sintomas da patologia.
“Isso é muito importante, porque dessa forma conseguiremos quebrar o estigma em relação à doença que há muitos anos vem acometendo a população, principalmente aqui no Brasil e no estado do Rio de Janeiro”.
Sobre a capacitação, a enfermeira disse que “o município de Campos está de parabéns por essa oportunidade que os profissionais estão tendo em levar a informação para os colegas da área. Esperamos que isso chegue à população de uma forma geral”, concluiu.
DESCENTRALIZAÇÃO
Na última semana, foram capacitados 122 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). O treinamento foi realizado pelo Núcleo de Educação Permanente e Prática em Saúde, com o apoio da Subsecretaria de Atenção Primária à Saúde e Subsecretaria de Vigilância em Saúde, e teve a participação dos estudantes das Ligas de Pneumologia e Clínica médica, da Faculdade de Medicina de Campos (FMC).