Os investimentos bilionários na Bacia de Campos e a potencialidade na área das energias de óleo e gás, eólica, eólica offshore, fotovoltaica e hidrogênio para o desenvolvimento foram discutidos durante o Connex-E Summit Preparatory, realizado nesta terça-feira (3) no Sesi Guarus.
O evento, promovido pela Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), reuniu diversas autoridades políticas e especialistas no assunto, como o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, e a diretora 1 da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Symone Araújo.
“A gente quer que a nossa região, que tem muito potencial, seja pioneira em novas energias para o estado do Rio de Janeiro e para o Brasil. Pelo que está anunciado, são investimentos na ordem de R$ 130 bilhões, com 25 mil postos de trabalho. Então vai ser um novo eldorado aqui para a nossa região. A bacia é de Campos, mas toda a região é afetada positivamente”, declarou o prefeito Wladimir Garotinho, que também preside a Ompetro e que participou da mesa de abertura do evento e do primeiro painel que abordou os 50 anos da Petrobras na Bacia de Campos e as perspectivas de novos negócios.
Também participaram da mesa de abertura a diretora 1 da ANP, Symone Araújo; a prefeita de Quissamã e presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento do Norte e Noroeste Fluminense (Ciddenf), Fátima Pacheco; a subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e coordenadora do Comitê do Baixo Paraíba, Ana Aste; o procurador do Rio de Janeiro, Paulo Henrique Manier; a gerente de Planejamento e Gestão da Unidade de Negócios da Bacia de Campos, Eline Antunes, que representou a Petrobras; o gerente executivo de políticas industriais, áreas terrestres e águas rasas do IBP, Pedro Alen; o presidente da Firjan Regional Norte Fluminense, Francisco Roberto Siqueira; o gerente regional do Sebrae, Guilherme Reche; o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), Tezeu Bezerra.
A diretora da ANP, Symone Araújo, ressaltou o papel da agência reguladora. “Aqui eu me apresento representando esse colegiado, o colegiado da ANP, com duas grandes marcas. O primeiro deles é a grande responsabilidade que a ANP tem nesse momento, e a gente enxerga como colegiado e assume essa responsabilidade e sabe que teremos que responder muito rapidamente, sobretudo em momentos mais exíguos, mais difíceis, com a percepção de que cada vez mais estamos diante da necessidade de fazer mais com menos. E o segundo ponto é o ponto do comprometimento do engajamento. Então eu queria dizer aos prefeitos presentes, aos vereadores, que podem contar com a gente. Nós temos uma grande responsabilidade no nosso fazer regulação, de absolutamente devolver à sociedade aquilo que ela requer, sob o ponto de vista especificamente da utilização dos recursos naturais”, pontuou.
Já a prefeita Fátima Pacheco destacou a força da região para o desenvolvimento. “Eu gostaria de destacar aqui que o interior do Estado, que ao longo de muito tempo, e aí sem vitimismo, ficou sempre à margem ou sendo chamado para o debate como espectador, agora, os municípios Norte e Noroeste Fluminense, tem a Ompetro muito bem organizada e tem o Ciddenf. Então não haverá mais mesa de debate, com o interior sentado na cadeira assistindo. Qualquer mesa de debate, seja do debate político-partidário, seja de políticas públicas, se o governo do Estado quiser fazer, ou qualquer outro setor, o interior estará participando e estará opinando sobre o assunto”, afirmou ao participar do segundo painel, que abordou os desafios e oportunidades no arcabouço regulatório e políticas públicas para o setor energético.
O secretário executivo da Ompetro, Marcelo Neves, que também é secretário de Petróleo, Energia e Inovação Tecnológica da Prefeitura de Campos, falou sobre a importância do evento.
“Estamos realizando em Campos pela primeira vez um evento de cunho nacional na área de óleo, gás e energia. O momento é único aqui para o município, visto que a cidade e toda a região da bacia produtora da Ompetro, que compreende de Niterói a São João da Barra, uma região que tem um alto potencial energético, que vai estar sendo discutido aqui e todos esses investimentos no setor energético que vão acontecer em toda essa região. A gente espera que a partir desse evento, todas as discussões relativas a esse investimento possam estar sendo colocadas aqui, porque a expectativa para os próximos cinco anos é de muita geração de emprego e renda para toda a população desses municípios da bacia da Ompetro”, disse.
Outros três painéis foram realizados durante o evento. Um deles discutiu o tema “Rio 2050: novas fronteiras no desenvolvimento de óleo, gás e energias no Estado”. Já outro abordou as inovações tecnológicas para o setor energético no Rio de Janeiro. E o último debateu a transição energética e nova matriz de produção no Estado do Rio de Janeiro.