Hospital Ferreira Machado celebra Dia do Cirurgião Plástico

Neste sábado, dia 7 de dezembro, é comemorado o Dia do Cirurgião Plástico, uma data que destaca o trabalho essencial desses profissionais na recuperação de pacientes que enfrentam traumas severos e desafios complexos. O Hospital Ferreira Machado (HFM), referência em atendimento de urgência e emergência, oferece cuidados indispensáveis para uma grande variedade de casos, desde lesões graves até queimaduras.

O HFM, como um hospital de alta complexidade, é um ambiente onde a atuação da cirurgia plástica é fundamental, não apenas na realização de procedimentos especializados, mas também na integração com outras especialidades médicas, com o objetivo de proporcionar o melhor tratamento possível para cada paciente. O coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do HFM, Fabrício Massote, destaca o trabalho multifacetado da equipe. “Coordeno toda a equipe de plástica e fico responsável pela organização de todos os procedimentos que precisam ser realizados no hospital. A interação com os coordenadores das outras especialidades é de extrema importância, pois, juntos, buscamos oferecer o melhor atendimento no momento mais oportuno e adequado para cada caso”, salientou.

No HFM, os casos de cirurgia plástica são muito variados, sendo o maior fluxo proveniente de pacientes jovens, principalmente do sexo masculino, vítimas de acidentes de moto. Essas vítimas frequentemente apresentam lesões graves em membros inferiores, com danos em músculos e pele, necessitando de cirurgias reparadoras para estabilizar a condição antes do tratamento definitivo com a ortopedia. “Esses jovens vítimas de acidentes de moto chegam com grandes lesões, que exigem a nossa intervenção para que, posteriormente, a ortopedia possa dar continuidade ao tratamento definitivo”, explicou Massote. 

Outro segmento de pacientes atendidos no hospital são os queimados. O atendimento a vítimas de queimaduras é uma das especialidades de destaque no HFM, com tratamentos que vão desde curativos e desbridamentos (remoção de tecido morto para melhorar cicatrização) até enxertos de pele. Massote comenta que a equipe realiza procedimentos complexos para o tratamento de queimaduras, que envolvem desde acidentes domésticos até casos graves, como politraumas e queimaduras de grandes proporções. “Além do manejo inicial, como o desbridamento das lesões, que é fundamental para a recuperação, realizamos enxertos de pele e outros procedimentos para garantir a cicatrização e minimizar as sequelas”, acrescentou.

A equipe realiza, em média, de dois a três procedimentos cirúrgicos por dia, somando entre 60 a 90 procedimentos mensais, que vão desde os mais simples até cirurgias mais complexas, como retalhos e enxertos de pele. O trabalho da equipe de cirurgia plástica é constante e de alta responsabilidade, já que muitas dessas intervenções são feitas em pacientes em estado crítico, muitas vezes internados no CTI e com instabilidade hemodinâmica.

“Cada tipo de queimadura ou trauma exige um tipo específico de tratamento. Quando lidamos com queimaduras, passamos por diferentes fases de cuidado, desde o desbridamento, que é a raspagem da pele morta, até o enxerto de pele para acelerar a recuperação. Esses pacientes exigem internação prolongada, com cuidados intensivos e curativos constantes. O manejo é delicado e o tempo de recuperação pode ser longo”, detalhou Massote.

Além dos casos de queimaduras e trauma ortopédico, a cirurgia plástica também é responsável por tratar outras condições, como lesões faciais, fraturas e até casos emergenciais, como o de uma criança que foi vítima de uma mordedura de pitbull. “Recentemente, fomos chamados para atender uma criança com fratura de mandíbula e múltiplas lesões faciais. Esse foi um caso de grande repercussão na cidade, e, conseguimos realizar a cirurgia e a criança evoluiu muito bem”, relembrou.

O hospital é um centro de alta complexidade, e a equipe de cirurgia plástica exerce um papel fundamental no suporte a outras especialidades, como ortopedia, neurocirurgia, oftalmologia e pediatria. A integração entre as especialidades é essencial, já que muitos dos pacientes atendidos no HFM chegam com politraumas e necessitam de uma abordagem multidisciplinar para tratar todas as suas necessidades.

“Nós, da cirurgia plástica, assessoramos todas as especialidades em suas particularidades. Estamos presentes em casos de politrauma, acidentes automobilísticos e outros tipos de trauma, que exigem uma abordagem de alta complexidade. A cirurgia plástica é essencial para garantir a recuperação funcional e estética desses pacientes, especialmente quando se trata de casos graves que envolvem múltiplos órgãos e estruturas”, frisou.