Calor extremo pode ter efeitos sérios na saúde, diz especialista

O calor extremo pode ter efeitos sérios na saúde e no bem-estar das pessoas, é o que alerta o médico do Hospital São José (HSJ), Caio Crespo Maia. Segundo o nutrólogo, manter o corpo hidratado e ter uma alimentação leve são essenciais para evitar problemas como tontura e fadiga, por exemplo.

“O recomendado é beber de 2 a 3 litros de água por dia, evitando excessos de bebidas alcoólicas e cafeína, pois podem causar desidratação. Também é ideal consumir alimentos naturais, como frutas e saladas, e optar por carnes magras, evitando comidas gordurosas que dificultam a digestão”, pontuou o especialista, sugerindo repor minerais com isotônicos, como água de coco e sucos naturais.

O médico destaca que é muito comum no verão, especialmente em janeiro e fevereiro, doenças como infecções intestinais, que resultam do consumo de alimentos ou água contaminada; dengue, zika e chikungunya; micoses e dermatites, que podem surgir por umidade excessiva e proliferação de fungos; conjuntivite, muito comum devido ao contato com água de piscinas e do mar, além de insolação, causada pela exposição excessiva ao sol, comum em períodos de praia. Essas condições exigem cuidados redobrados para prevenção durante o calor.

“É importante procurar assistência médica em determinadas situações, como quando surgirem sintomas como diarreia, vômito, tontura, febre ou fraqueza, especialmente se persistirem por mais de 24 horas. Esses sinais podem indicar desidratação, insolação ou intoxicação alimentar, condições que podem se agravar rapidamente, especialmente em crianças e idosos”, reforçou o nutrólogo.

CUIDADOS EM CASA E NA PRAIA

Alguns cuidados devem ser redobrados. É preciso ficar de olho na hidratação, no uso de protetor solar e não esquecer do guarda-sol. “As principais recomendações são: evitar a exposição solar entre 10h e 16h, quando os raios UV são mais intensos; usar protetor solar com fator mínimo de 30, reaplicando a cada duas horas, especialmente após nadar; proteger-se com roupas leves, chapéus e óculos de sol; manter uma boa hidratação, evitando bebidas alcoólicas, que podem causar desidratação. Outra dica é, cuidado com a qualidade da água e dos alimentos consumidos na praia, já que há maior risco de contaminação. Esses cuidados ajudam a garantir uma experiência mais segura e saudável na praia”, enfatizou.

Em casa, Caio Crespo orienta em como manter um ambiente mais confortável e seguro. “Manter as janelas abertas para garantir a circulação de ar; evitar o uso excessivo de aparelhos que geram calor, como fornos e lâmpadas; usar bacias de água e ventiladores para umidificar o ar, especialmente se estiver seco, além de guardar os alimentos adequadamente na geladeira para prevenir intoxicações alimentares”, finalizou.