A Fundação Municipal de Saúde (FMS) deu um importante passo para a formação de especialistas na região ao realizar, nesta segunda-feira (17), a prova de residência médica no auditório da Faculdade de Medicina de Campos (FMC). Ao todo, 45 profissionais se inscreveram para concorrer às cinco vagas ofertadas: duas para Ortopedia e Traumatologia (OT) e três para Medicina Intensiva (MI).
O processo seletivo foi composto por uma prova teórica, com peso de 90%, e a avaliação curricular, que representa 10% da nota final. Dos 45 candidatos inscritos, apenas oito não compareceram à prova. O resultado final será divulgado no dia 24 de fevereiro, e as matrículas acontecerão nos dias 25 e 26, das 8h às 16h, na secretaria da presidência da FMS.
O Hospital Ferreira Machado (HFM), onde os residentes atuarão, é referência em urgência e emergência na região. A unidade conta com quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), além de duas unidades intermediárias, totalizando 71 leitos. O programa de residência tem duração de três anos, com carga horária de 60 horas semanais, seguindo todas as normativas da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM/MEC), e oferece bolsa-auxílio conforme a legislação vigente.
AVANÇO PARA A SAÚDE - O secretário de Saúde, Paulo Hirano, acompanhou a aplicação da prova e ressaltou a importância do programa de residência para a qualificação dos profissionais.
“Hoje, Campos dá um grande passo na melhoria contínua da formação médica. A Fundação Municipal de Saúde conseguiu, junto ao Ministério da Saúde, a autorização para implementar esse programa, que inicia com as áreas de Ortopedia e Terapia Intensiva, dois grandes eixos da medicina. A estrutura do Hospital Ferreira Machado foi reconhecida pelo Ministério da Saúde, assim como a excelência do nosso corpo docente. Essa residência médica eleva o nível assistencial da cidade e garante uma formação de qualidade aos novos médicos. Quero agradecer ao prefeito Wladimir Garotinho, ao vice-prefeito Frederico Paes e à equipe da FMS, liderada pelo Dr. Arthur Borges, que trabalharam incansavelmente para concretizar essa conquista”, enfatizou.
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Para o médico ortopedista do HFM e professor da FMC, Marcos Gonçalves, conhecido como Dr. Maninho, a realização da prova marca um momento histórico para a medicina na cidade.
“Como profissional formado há 30 anos pela Faculdade de Medicina de Campos e professor da instituição, vejo essa prova como uma grande conquista. O Hospital Ferreira Machado foi meu berço profissional, onde comecei minha carreira como acadêmico e ortopedista. Esse processo de residência já vinha sendo pensado há muito tempo, e hoje, finalmente, estamos concretizando esse sonho. É um avanço não só para a medicina, mas para toda a cidade, considerando o crescente número de faculdades de medicina e de médicos recém-formados. Essa iniciativa amplia as oportunidades de especialização e fortalece a qualidade da assistência à população”, destacou.
A candidata Maria Barreto aprovou o nível da prova e demonstrou otimismo com o resultado. “Achei a prova justa, com 60 questões de acordo com o conteúdo programático. Agora é aguardar o resultado. Desejo boa sorte a todos os candidatos e que seja o que Deus quiser”, disse.
RESIDÊNCIA MÉDICA NO HFM
O coordenador da Comissão de Residência Médica (COREME), Marcos Quintanilha, comemorou o sucesso da prova e a adesão dos candidatos. “O processo ocorreu sem intercorrências e com um alto índice de presença, o que demonstra o interesse dos profissionais na especialização. Esperamos receber os novos residentes já em março, para darmos início a essa nova etapa no Hospital Ferreira Machado”, afirmou.
O presidente da FMS, Arthur Borges, destacou que a iniciativa representa um marco para a formação médica na região. “Campos já conta com diversas faculdades de medicina, mas a limitação para a evolução profissional sempre foi o acesso à residência. Nosso objetivo é consolidar o Hospital Ferreira Machado não apenas como referência em urgência e emergência, mas também como um centro de formação de especialistas. Em 2025, começamos com a residência em Ortopedia e Terapia Intensiva, especialidades fundamentais para o hospital, que realiza mais de 1.200 cirurgias ortopédicas por ano e tem uma estrutura robusta na área intensiva. Essa residência é um grande avanço para a saúde da cidade e para a qualificação dos nossos médicos”, concluiu.