O Museu Histórico de Campos dos Goytacazes (MHCG) iniciou, nesta quarta-feira (19), Consulta Pública sobre sua nova Expografia – ferramenta de comunicação do Museu, que estabelece um diálogo entre o acervo e o visitante, por meio da exposição dos objetivos e da história narrada nos cômodos e corredores do Solar do Visconde de Araruama, sua sede –, por meio do formulário digital. Confira
AQUI. A meta é ouvir a comunidade, tornando o projeto mais interativo.
“O projeto representa um marco na história do Museu Histórico. Nosso compromisso é construir uma expografia mais inclusiva, dinâmica e representativa da história da nossa cidade. Queremos que a comunidade se reconheça neste espaço e participe ativamente desse processo de transformação”, explica a coordenadora do MHCG, Graziela Escocard.
A ação faz parte do projeto “Um Solar para o Povo Campista: Projeto de Reformulação da Expografia e Modernização do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes” – construído com o apoio da Universidade Federal Fluminense (UFF) Campos – aprovado no edital “Programa de apoio a estudos para a recuperação e reestruturação de edificações históricas do Período Colonial (1500-1807), tombadas por instituições de patrimônio histórico, sediadas no Estado do Rio de Janeiro – 2024”, da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), garantindo um investimento de R$ 500 mil para modernização e revitalização do espaço expositivo do MHCG.
A intervenção pretende realizar a Revisão decolonial da expografia: reorganizar as salas e narrativas do Museu para garantir a representação autêntica e inclusiva da diversidade campista; Modernização e interatividade: novas tecnologias e modelos pedagógicos para oferecer uma experiência dinâmica e envolvente ao público; e Integração com a pesquisa universitária: fortalecer a relação entre o museu e a produção acadêmica, promovendo reflexões críticas sobre o acervo.
O projeto tem, em sua equipe, os seguintes pesquisadores do município: Cláudia Atallah (professora do Curso de História da UFF Campos); Débora Andrade (professora do Curso de História da UFF Campos); Arthur Soffiati (historiador); Rodrigo Rezende (professor do Curso de História da UFF Campos); Sylvia Paes (historiadora); Graziela Escocard (historiadora e coordenadora do MHCG); Simone Pedro (socióloga); e Thalita Fagundes (historiadora do MHCG).
“O Museu exerce um papel fundamental para o resgate da história e da memória do município. Isso é importante por uma série de fatores e, o mais impactante deles, é a oportunidade de problematizar a história e ressignificar a memória, a partir das atividades e reflexões que o Museu proporciona a seu povo”, observa a professora Cláudia Atallah.
A historiadora Sylvia Paes também destaca a importância do projeto. “Museu é memória, e a memória deve estar sendo revivida e ressignificada, para não ser esquecida. Para tanto, um Museu deve estar sempre buscando renovar seus espaços de relações com a comunidade visitante. Esses são projetos fundamentais e o mais importante é que contam com o apoio da comunidade universitária e dos campistas”, ressalta.