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Prefeito Wladimir participa do Fórum de Combate à Intolerância Religiosa

O evento, promovido pela Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos, aconteceu nesta quinta-feira (28) na Câmara de Vereadores

Por: Éder Souza - Foto: César Ferreira - 28/08/2025 - 18:01:34

O prefeito Wladimir Garotinho prestigiou, na tarde desta quinta-feira (28), o Fórum Regional Inter-religioso, evento que reuniu integrantes e representantes de diferentes religiões para discutir a intolerância religiosa nas regiões Norte e Noroeste Fluminense. Promovido pela Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos, vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania, o Fórum aconteceu na Câmara de Vereadores. Também participaram do evento parlamentares, estudantes, pesquisadores, membros do poder público e outras entidades, como Ministério Público, Defensoria Pública e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB- Campos).

Durante o seu discurso, Wladimir falou sobre a importância do Fórum para alimentar o diálogo e respeito entre a sociedade.

“Infelizmente, vivemos em um mundo intolerante em que as pessoas não têm respeito, não têm empatia e deixam de seguir princípios básicos, como respeitar e conviver. Um encontro como esse refrigera e nos dá esperança. Eu quero parabenizar o subsecretário Totinho (Gilberto Totinho) pela realização desse evento. Que esses encontros sejam realizados mais vezes para que a sociedade, a partir de nós, que temos posições públicas, perceba a importância do diálogo, da compreensão e respeito às diferenças”, disse o prefeito.

O Fórum Regional Inter-Religioso foi realizado através de mesas e painéis de discussões sobre o tema. Para Gilberto Totinho, a reunião de diferentes entidades e órgãos públicos reforça a discussão de enfrentamento à intolerância religiosa e ao preconceito.

“A gente conseguiu reunir grandes representações. A gente tem o bispo da Diocese de Campos; o vereador que é pastor da Igreja Universal; o professor Ivanir dos Santos, que é uma das maiores referências das religiões de matriz africana. E, além disso, a gente tem o Ministério Público, Defensoria Pública e a OAB para promover o debate. É um momento muito importante, porque, onde o ódio, a violência e a polarização crescem muito, a Prefeitura de Campos vem dizendo não. A gente quer dialogar com todos, seja politicamente, seja nas religiões, seja de forma interna”, disse o subsecretário.

O Bispo Dom Roberto Ferrería, que representou a Diocese de Campos no Fórum, falou sobre o comprometimento da Igreja Católica no diálogo entre as religiões. “A Igreja Católica está profundamente comprometida com a paz. E não haverá paz se não houver entendimento entre as religiões. O diálogo cultural e religioso pode estabelecer uma harmonia na sociedade. Devemos buscar sempre essa consciência de que somos uma só família, embora com várias religiões, que somos filhos de Deus e queremos viver a civilização do amor. Queremos curar esse ódio que destrói as famílias e dissolve a sociedade”, declarou.

Representando as religiões de matrizes africanas, o professor e doutor Babalorixá Ivanir dos Santos considerou o evento como histórico. Ele destacou a importância do encontro entre os representantes religiosos. “É um prazer imenso estar em Campos mais uma vez, principalmente nesse momento de discussão de possíveis caminhos para construção de diálogo, diversidade e respeito. Ter esse Fórum em Campos, com a presença do Dom Roberto, do pastor da Igreja Universal e outros representantes, é um marco histórico”, destacou Ivanir.

O vereador de Campos e pastor da Igreja Universal, Anderson de Matos, defendeu a liberdade religiosa. "Foi um importante evento com diferentes crenças e ideias, porém unânime na defesa dos direitos por motivo de crença religiosa e da liberdade de culto, que são garantias constitucionais", disse.

Também participaram das mesas de debate o vereador de Campos e pastor Anderson de Matos, representando as igrejas pentecostais; a representante da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do MPRJ, a promotora Maristela Naurath, e a defensora pública Carolina Henning, além do vereador Marcione da Farmácia, que fez parte da mesa de abertura do evento. Ao final das mesas e discussões, foi criada uma carta etnográfica, um documento que mostrará as experiências, práticas e os discursos sobre a intolerância religiosa na região.