A Casa de Acolhimento de Menores Lara completou nesta quarta-feira (24), 15 anos e será ampliada para atender a demanda que é crescente. A solenidade para celebrar os 15 anos foi realizada na noite desta quarta-feira, num ambiente festivo para as crianças, já que a Casa acolhe desde bebês recém-nascidos até adolescentes. Crianças que já passaram pela Casa e seus pais adotivos estiveram presentes para prestigiar a festa.
Por ser referência no estado, além de crianças de Campos, a Casa Lara recebe também periodicamente, por determinação judicial, crianças de vários municípios do estado, de perto e de longe de Campos, como São Francisco de Itabapoana, Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Barra do Piraí e Volta Redonda, conforme informou o presidente da Fundação Municipal da Infância e da Juventude, Thiago Alves Ferrugem. A Fundação é a entidade mantenedora da Casa de Acolhimento de Menores Lara, que funciona em sede própria à Rua Tenente Coronel, no Centro.
Durante a solenidade, a coordenadora da Casa Lara, Romilda dos Santos Silva, que está à frente da entidade há 13 anos, teve momentos de emoção, ao receber os cumprimentos de dirigentes de entidades da sociedade civil que prestigiaram o evento, inclusive do próprio presidente da FMIJ, Thiago Ferrugem, e da mentora do projeto, Neusinha Siqueira, que há 18 anos, num ato de gratidão pelo nascimento de sua filha, teve a iniciativa de fazer um trabalho solidário junto ao único berçário que existia na cidade, surgindo em seguida uma Ong, que há 15 anos, devido ao crescimento das demandas, foi encampado pelo poder público municipal.
Na gestão da Prefeita Rosinha Garotinho, o então projeto Lara recebeu reestruturação administrativa e de gestão jurídica, de forma a funcionar conforme estabelece o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e passou a funcionar como Casa de Acolhimento, com a filosofia de funcionamento para que tenha o ambiente mais próximo possível de um lar.
- Aqui as crianças, cada qual na sua faixa etária e respeitando as suas particularidades, conforme as orientações judiciais, têm atividades escolares e extra curriculares. A Casa tem duas kombis que fazem o transporte delas também para as atividades esportivas e culturais - informou o presidente da Fundação.
A coordenadora Marilda dos Santos Silva completou: “Temos crianças na faixa etária de zero a sete anos, mas no caso de irmãos, em fase de audiências concentradas (em processo de adoção) podem ficar até completar a maioridade, conforme a determinação judicial. Temos crianças que fazem uso de medicamentos especiais; outras que fazem tratamento especiais de saúde, inclusive fora de Campos. Para viajar, conforme ordenamento jurídico, ela somente sai acompanhada de um monitor qualificado”, detalhou a coordenadora Marilda dos Santos.