Notícia no detalhe
Arquivo Público: referência na preservação histórica da região
O Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho completa 12 anos neste sábado (18). A Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL) preparou uma programação especial para comemorar mais um aniversário.Na noite desta sexta-feira (17), diversas atividades movimentaram o Solar do Colégio, que fica localizado em Tócos. O Solar do Colégio tem o único laboratório de restauração de documentos e livros do interior do Estado, sendo referência no Brasil. No local, estão documentos como atas de cartórios, publicações oficiais, entre outros, desde 1649.
O arqueólogo Luiz Smansky ministrou palestra sobre os resultados dos trabalhos de escavação realizados, em 2012, no entorno do Solar, onde foram encontrados cachimbos, ossos, moedas e porcelanas. “Pouco se sabe sobre a escravidão no Brasil. Foram os senhores que relataram o que acontecia nas senzalas. A escavação foi uma oportunidade de conhecer o que os escravos faziam. É difícil encontrar descrição nas senzalas. Estamos relatando, através dos materiais encontrados, o cotidiano dessas pessoas, que tinham limitações na vida. A previsão é que o projeto seja reiniciado em 2014”.
- Os estudos comprovaram que os escravos eram criativos e utilizavam materiais reciclados e ornamentais, além de artefatos que também foram encontrados nos Estados Unidos. Eles se preocupavam com a aparência, mantendo a religiosidade e as tradições africanas. Os escravos também tinham o meio de subsistência como o consumo de peixes, carnes, mariscos, além de carne de caça, não se restringindo a alimentação servida pelos senhores – completa o arqueólogo.
Foram escavados 50 metros na senzala do Solar e 10 metros na lixeira da casa grande, sendo 50 centímetros de profundidade. O projeto intitulado “Café com açúcar: Escravidão em área de açúcar e café no Sudeste rural”, realizado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e o Museu Histórico Nacional em parceria com a Prefeitura de Campos.
A dona de casa, Adriana Gomes Tavares, prestigiou o evento e falou da importância do local. “Estou tentando reviver através dos quadros, artefatos e peças o que os meus antepassados viveram. São momentos que ficaram marcados na história e este lugar faz os mais novos conhecerem um pouco mais sobre a história do distrito. Por isso, também trouxe a minha filha para conhecer”, disse Adriana, que estava acompanhada da filha Letícia Viana, de 8 anos.
Os visitantes que forem até ao Arquivo Público Municipal terão a oportunidade de conhecer as exposições “A escravidão em documentos do século XVII ao XIX”, que mostra através de testamentos, ações de liberdade, os principais acontecimentos da época; “Memória da Baixada” retrata através de objetos de uso cotidiano como fogueiros, forro de solda que eram fundamentais para a execução dos trabalhos, além de “Produção do Açúcar”, que relata por meio de fotos antigas e quadros os momentos históricos da indústria canavieira na região.
- O arquivo tem dois momentos: o primeiro é a edificação em alvenaria, sendo pioneira na Baixada. No local, funcionava o Colégio dos Jesuítas sendo de grande importância pedagógica, fundamentando a cultura religiosa. Abrigamos aqui as principais histórias da cidade. Os investimentos feitos pela municipalidade na preservação histórica tornam o Arquivo Público de Campos, um dos melhores do Brasil – disse o secretário de Cultura, Orávio de Campos Soares.
As atividades pelo aniversário do Arquivo começaram na segunda-feira (13) com o curso de paleografia ministradas no Palácio da Cultura pelas historiadoras Rafaela Machado, Larissa Manhães e o diretor do Arquivo Público, Carlos Freitas, onde dezenas de pessoas puderam se capacitar. A programação também contou a oficina de restauração de documentos e livros. Na noite de sexta-feira (18), o público pode assistir apresentações culturais, além da exposição “Trilho das Artes” promovida pelas artesãs da Casa de Cultura José Candido de Carvalho em Goitacazes.
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