Cerca de 100 pessoas, entre alunos de Medicina, médicos e enfermeiros da rede municipal de saúde, participaram da Conferência sobre Hepatites virais na noite desta terça-feira (30). O coordenador do Setor de Pesquisas sobre Hepatites da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcelo Alves Pinto, fez uma abordagem epidemiológica e clínica dos diversos tipos de hepatite, enfocando as novas pesquisas mundiais sobre o assunto, e elogiou as estratégias municipais de imunização.
- O município de Campos está de parabéns por ter implementado, de maneira pioneira, a vacina contra a hepatite A, em 2011. Graças a esta estratégia de vacinação, o município promoveu a redução de mais de 80% na circulação do vírus que transmite a doença. O país deveria seguir os passos de Campos o quanto antes – destacou o coordenador.
A conferência aconteceu no auditório da Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia, nos altos da Faculdade de Medicina de Campos (FMC). O encontro é parte das ações municipais para marcar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais, comemorado anualmente em 28 de julho, e integra a política de fortalecimento da Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde.
O encontro foi promovido pela Direção de Vigilância em Saúde, em parceria com a FMC, a Fundação Benedito Pereira Nunes e o Hospital Escola Álvaro Alvim. Para reduzir os casos de hepatites, a Prefeitura de Campos vem promovendo várias ações e implantou, em março de 2011, a vacina contra hepatite A no calendário municipal de imunização.
- Campos é a única cidade do país que oferece a vacina de graça a crianças de até dois anos de idade. Com esta medida, promovemos uma redução da circulação do vírus de hepatite A, na cidade em mais de 80%, segundo estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF). As doses estão disponíveis nos polos 1 e 2 do Centro de Referência e Tratamento da Criança e do Adolescente (CRTCA) e na sala 5 da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua Gil de Góes – disse o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Doutor Chicão.
Em relação à vacina contra a hepatite B, o diretor de Vigilância em Saúde, Charbell Kury, explicou que o Ministério da Saúde, seguindo protocolo anual de extensão de faixa etária, considerou, este ano, a ampliação para menores de 50 anos, em razão da doença ter aumentado sua incidência nos últimos anos nas faixas etárias não vacinadas anteriormente.
- Em Campos nós nunca fizemos restrição da idade para hepatite B. Sempre divulgamos, oferecemos e fortalecemos a importância da vacinação. Garantimos as doses para qualquer cidadão que procura nossas unidades de saúde. Esta "segregação" do Ministério da Saúde não era seguida pelo nosso município. Oferecemos as doses em mais de 60 UBS que possuem salas de vacina, de segunda a sexta, das 8 às 17h - disse Charbell.