O serviço de genética médica municipal é o único no interior do Estado do Rio de Janeiro e é referência no país. O atendimento é realizado pelo médico geneticista Marcelo de Paula Coutinho, no Centro de Referência e Tratamento da Criança e do Adolescente (CRTCA – Pólo II), na Rua Visconde do Itaboraí, 80, no Parque Alzira Vargas. O especialista atende pacientes das Regiões Norte e Noroeste Fluminense, Região Serrana, além de pessoas de outros estados, como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Ao todo são 5,3 mil pacientes cadastrados.
Segundo Marcelo, o serviço está instalado no município há oito anos e tem sido essencial no atendimento de pacientes com problemas genéticos que residem no município. “Antes, estes pacientes tinha que se deslocar para outras cidades do país. Agora somos referência no Brasil”, destacou.
O médico esclareceu que o atendimento vai desde a criança até o adulto. “Atendemos também os casais atendemos casais com históricos de infertilidade e de abortos espontâneos repetitivos e orientamos as famílias quanto ao aconselhamento genético, com riscos de que outros filhos possam nascer com alguma síndrome”, explicou.
Uma das características do serviço é a abordagem no que diz respeito ao uso de álcool, medicamentos e outras drogas ilícitas, durante a gestação, para que o feto não sofra as consequências, com riscos de serem acometidos por alguma doença genética. “Por isso, este atendimento no município veio para abraçar uma demanda muito grande. Os medicamentos de alto custo, vindos diretamente do Ministério da Saúde, são ofertados gratuitamente para os pacientes”, ressaltou.
Marcelo contou que possui parceria científica que abriu portas para a realização de estudos clínicos do serviço de genética médica e parceria com outras instituições internacionais que permitem a realização de exames genéticos gratuito à população. “O sangue coletado aqui no CRTCA II é encaminhado, com autorização da Agência Nacional da Saúde (Anvisa), para laboratórios de países, como Alemanha, Estados Unidos e França. Os resultados dos exames genéticos saem em 30 dias”, informou.
A menina Camila Vereza, de 7 anos, é paciente de Marcelo, que descobriu que a menina é portadora da Síndrome de Willians. A mãe dela, a dona de casa Juliana Vereza, 30, disse que o diagnóstico só foi dado quando a menina já tinha 4 anos.
- Passei por vários pediatras e outros médicos especialistas e ninguém descobria a real situação da minha filha. Foi quando eu fui encaminhada para o CRTCA II por ter um médico geneticista e o atendimento é maravilhoso. A minha filha melhorou bastante depois que começou o tratamento e a tomar os medicamentos corretamente”, afirmou.