Notícia no detalhe
Saúde: R$ 782 mil para Projeto Amai em um ano e meio
Por meio de convênio firmado em 2013, a Secretaria Municipal de Saúde pagou, em um ano e meio, R$ 782.082,00 à Associação Manoel José Barbosa, que administra a Comunidade Terapêutica para Mulheres Dependentes Químicas - Projeto Amai. De acordo com o vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, R$ 446.904,00 foram pagos no ano passado e outros R$ 335.178,00 este ano. O projeto Amai funciona 24 horas, na Rua Júlio Armond, 77, Custodópolis, em Guarus.
- Atualmente o projeto Amai atende a 25 mulheres em dependência de substâncias psicoativas, com idades entre 18 e 55 anos. A unidade dispõe de psicóloga, nutricionista, conselheira em dependência química, conselheira familiar, assistente social, enfermeira, técnica de enfermagem, psiquiatra, professoras de artesanato, oficinas de artesanato, além de pessoal de apoio – disse o vice-prefeito.
A presidente da comunidade Terapêutica, Genecilda Faria Maciel, lembra que a unidade, criada em 1992 ,foi a primeira clínica para mulheres em dependência química do estado do Rio de Janeiro, com a finalidade de recuperar, reabilitar e ressocializar as mulheres adictas.
- Elas chegam aqui desesperadas, porque usaram muita droga. Depois do tratamento são inseridas no mercado de trabalho, estudam, fazem faculdade. Temos o caso de uma assistida que está embarcando. Elas eram desenganadas pelos pais, mas refazem suas famílias, retomam a guarda dos filhos, são aceitas na sociedade - afirmou a presidente.
De acordo com a coordenadora administrativa, Giselle Mara Faria Maciel, as mulheres são encaminhadas pelo Centro de Atendimento Psicossocial/Álcool e Drogas Dr. Ari Viana 24 horas (Caps AD III). “Esta parceria está sendo um alavanco na vida dessas mulheres, que estão, de fato, tendo uma oportunidade de se reestruturar, principalmente recuperando os vínculos familiar e social”, disse.
A acolhida Suellen da Silva Caetano, 29 anos, fala dos momentos difíceis que passaram antes da assinatura do convênio. “Quando não tinha o convênio, às vezes não tinha o que comer, não tinha gás, nem manteiga. A gente tinha que pedir. Hoje tem tudo, a gente faz cinco refeições por dia. Agradeço à prefeitura por ter feito tudo isso por mim e pelas meninas. A Amai é a melhor coisa da minha vida, foi onde eu encontrei pessoas que me amam e me respeitam como família. Eu usei drogas por 7 anos”, disse Suellen, expondo o trabalho feito por ela na oficina de artesanato.
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