A Secretaria de Governo, em ação conjunta com o Centro de Controle de Zoonoses (CZZ), iniciou mais uma estratégia para reforçar o combate ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Equipes da secretaria estão mobilizando as comunidades para conscientizar toda a população da importância de cada cidadão buscar e eliminar de sua casa todo tipo de recipiente e material que possam acumular água e virar criadouro da dengue.
A mobilização foi iniciada nesta terça-feira (5), em Mata da Cruz, Santa Maria e Santo Eduardo, na Região Norte de Campos. Nesta quarta (6), equipe da Segov e do CCZ se reúne com moradores da Baixada Campista, às 17h em Venda Nova; às 18h em Marrecas e, às 19h, em Baixa Grande.
De acordo com equipes do Governo, como mais de 90% dos focos da dengue estão dentro das residências, é fundamental a participação da população no combate aos criadouros, especialmente, no verão, período de oscilação de dias de chuva e sol, propício à reprodução do vetor (mosquito transmissor).
A bióloga do CCZ, Verônica Ribeiro, lembrou que a mutação do mosquito está agravando os quadros de dengue, inclusive, comprometendo o fígado e a coluna. “O Aedes Aegypti está se adaptando e ficando mais resistente e o método mais eficaz de combater a dengue ainda é mesmo de 25 anos atrás: eliminar os criadouros, não deixar o mosquito proliferar”, falou.
Na UBS de Mata da Cruz, a comunidade se diz vigilante. Na localidade, nenhum caso foi registrado. “Verifico meu quintal e não deixo latinhas, tampinhas e até as folhas das árvores que caem e ficam no chão viradas pra cima, podendo juntar água, eu tiro. Olho minha casa e ainda falo com meu vizinhos. A comunidade tem estado alerta, tanto que não temos a doença aqui”, contou Edna Pereira Barreto, que participou da reunião com o netinho Wiliam, de 5 meses.
Dona Ecila Arêas, de 78 anos, não gosta de encher os pratos dos vasos de plantas com areia, mas ficou sabendo que a água sanitária é um produto volátil (evapora rapidamente). “Se não quiser colocar areia, é preciso lavar os pratos, retirando possíveis ovos do mosquito, de dois em dois dias, para maior segurança, porque as larvas viram mosquito em cinco dias”, contou a bióloga.
Região norte - Na Escola Municipal Santa Maria, os moradores se mostraram preocupados, com a incidência da doença na localidade. A comunidade se prontificou a acompanhar o CCZ em vistorias nas suas ruas, convidando os vizinhos a participarem das vistorias de suas casas, para que a adesão ao combate seja geral.
- Vi na TV, o caso de uma mulher que teve dengue e precisou de um transplante de fígado. Muita gente daqui já teve dengue e estamos preocupados, porque cuidamos do nosso quintal, da nossa casa, mas não sabemos se os outros estão cuidando também. Acho importante os moradores participarem dessas ações - disse Vânia Cardoso.
Santo Eduardo – A equipe ainda visitou o Hospital de Santo Eduardo, onde o Serviço Social orienta todos os pacientes sobre a questão da dengue. Presidente da Associação de Moradores do distrito, Maria dos Anjos Eduardo, ajudará a mobilizar a comunidade para o combate à dengue.