Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reafirmaram nesta sexta-feira (26), parceria com o Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI). Os biólogos Flávia Barreto, Elzinandes Azeredo e Marciano Viana, e a farmacêutica Priscila Conrado participaram de reunião com o secretário de Saúde, Geraldo Venâncio, e com o diretor do CRDI, Luiz José de Souza. Eles também visitaram o Centro de Referência e a UTI do Hospital dos Plantadores de Cana, para onde são encaminhamos os pacientes graves com zika, dengue e chikungunya, por meio de convênio com a Prefeitura de Campos.
Além disso, a visita teve como objetivo restabelecer o protocolo do fluxo de atendimento das três doenças, no que diz respeito ao envio do material coletado em pacientes, que são encaminhados para laboratório da Fiocruz, para fechar diagnóstico. A Fundação é a referência no estado para esta finalidade. O grupo também solicitou autorização do município para desenvolver pesquisa com estudo de casos junto ao CRDI. A equipe permanecerá em Campos por uma semana, acompanhando o atendimento aos pacientes da unidade.
- A reunião foi muito produtiva. Nosso objetivo é reafirmar a parceria e a colaboração estabelecidas entre o CRDI e a Fiocruz, no estudo de casos de dengue, e agora, também, de zika e chikungunya. Essa parceria foi firmada há 14 anos. Porém, agora, estamos diante de uma nova situação apresentada, com epidemia nacional de dengue e com novas doenças, como zika e chikungunya - afirmou Flávia.
De acordo com o secretário de saúde, o CRDI já estabeleceu inúmeras parcerias com a Fiocruz. “Inclusive, no ano passado, o município foi escolhido para ser o laboratório para a pesquisa da eficácia de testes rápidos para a dengue, encomendada pelo Ministério da Saúde, a fim de avaliar a implantação plena dos testes em território nacional”, ressaltou Venâncio.
A escolha se deve a diversos fatores, como a excelente qualidade do atendimento no CRDI, com equipe altamente capacitada. Além disso, Campos é polo regional no atendimento a esses casos, pela sua capacidade instalada. A experiência no atendimento aos pacientes, destacando casos de diagnóstico diferencial também chama atenção, bem como o número de casos encerrados oportunamente. O prontuário eletrônico da dengue e a facilidade de acesso aos dados da gestão no município também justificam a parceria.
Luiz José, médico e especialista no assunto, destacou que essa parceira é muito importante para os pacientes, para o município e para a Fiocruz. “Temos uma interação muito grande. Sempre enviamos as amostras dos exames dos pacientes para encerrar os diagnósticos dos casos. No ano passado, predominou o sorotipo 1 da dengue circulando no município, mas a pesquisa desenvolvida pela Fiocruz vai nos ajudar a verificar qual sorotipo da dengue está circulando neste ano”, detalhou.