A cidade de Campos voltou a ser destaque no ranking de empregos no Estado do Rio de Janeiro, com índice melhor inclusive que a capital. De acordo com levantamentos do Ministério do Trabalho, o município é o segundo no Estado do Rio de Janeiro com base nos estudos realizados no mês de maio.
O ranking dos estados foi publicado pelo Ministério na sexta-feira (24). De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged), que leva em conta os empregos com carteira assinada, Campos ficou atrás apenas da cidade de Itaboraí, que foi contemplada com o Polo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro, o Comperj. Foram criados 2.618 postos de trabalho no período, contra 2.184 demissões e desligamentos, com saldo positivo de 434 vagas.
A relação emprego/desemprego em Campos está positiva, acima da capital do Estado, Rio de Janeiro, e Niterói, ambas com setor industrial consolidado, principalmente o polo metal mecânico, no complexo de estaleiros; e Macaé, que tem a base da Petrobras.
De acordo com o Caged, que é órgão do Ministério do Trabalho, o desempenho de Campos no mês de maio deve-se principalmente, à safra agrícola e ao aumento das contratações no setor da prestação de serviços.
- O incremento de contratações com carteira assinada no setor de serviços ocorre coincidentemente a partir do aumento da folha de pagamento da Prefeitura de Campos, bem como a operação de crédito feita com a produção futura de barris de petróleo, que proporcionou a retomada de dezenas de obras, bem como o pagamento a fornecedores e prestadores de serviços, que devido à crise econômica, que afeta as contas públicas em todo Brasil, estavam em ritmo de descontinuidade – pontuou o secretário de Trabalho e Renda de Campos, Manoel Patrão.
Ele compara, por exemplo, os números de Campos com a cidade do Rio de Janeiro, que, proporcionalmente, foi a cidade que mais perdeu postos de trabalho no mês de maio.
- A Cidade Maravilhosa teve 6.319 vagas de empregos a menos, tendo em vista que 71.243 foram demitidas, com apenas 64.924 contratações. Apesar o Porto do Açu, São João da Barra também sofreu uma perda de 255 postos de trabalho, com 407 demissões e apenas 152 contratações. Já em Niterói, foram desativados 1.367 postos de trabalho com carteira assinada. Macaé perdeu no mesmo período, 1.116 postos de trabalho – pontuou Manoel Patrão.
Segundo ele, em relação a abril, o Brasil registrou redução de postos de trabalho em maio, na razão de um declínio de 0,16%, o equivalente a uma redução de 62.844 postos de trabalho - o pior resultado desde abril de 2015, quando teve início a série de resultados negativos na empregabilidade, com 1.258.970 admissões contra 1.321.814 desligamentos. “Enquanto isso, Campos registrou 434 novos empregos com carteira assinada no mesmo período”, informou o superintendente de Trabalho e Renda.