O Aeroporto Bartolomeu Lisandro segue fechando as contas com saldo positivo. De acordo com Carlos Vinícius Viana, presidente da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), que administra o local, isso só é possível graças a uma administração comprometida, uma vez que o Aeroporto parou de gerar prejuízo para o município, como acontecia no governo anterior. Vinicius disse ainda que o aeroporto gerou aos cofres públicos uma receita de R$ 2,64 milhões, em 6 meses. Neste mesmo período, foi realizado o pagamento no valor de R$ 2,54 milhões, proporcionando um saldo positivo aproximado de 110 mil reais.
— Nos últimos seis meses, o Aeroporto arrecadou mais do que gastou e isso mostra que o que faltava era administração comprometida em fazer o que é certo. O Aeroporto foi municipalizado pela gestão anterior, desde o ano de 2013, e até então não foi tratado de maneira a agregar valores à economia municipal. O aeroporto não trabalha somente com o transporte por meio de aviões comerciais, mas também dá suporte à área offshore, se equiparando aos aeroportos de Farol de São Thomé e do município de Macaé. A partir de agora, a tendência é de crescimento, tanto no que diz respeito à geração de empregos, incentivo ao turismo, pelo fomento ao desenvolvimento junto ao Porto do Açu, como na busca da redução de tarifas pelas empresas de viagens aéreas para facilitar o acesso dos usuários — disse.
Foi homologado em suplemento do Diário Oficial desta terça-feira (23) o pregão relativo à contratação da empresa que irá gerir a parte administrativa relativa a pessoal do Aeroporto Bartolomeu Lisandro pelo período de 12 meses. Após o pregão presencial realizado com a participação de três empresas, a Infra apresentou a melhor proposta e continuará operando, sob supervisão da Codemca.
Inicialmente, quando a Codemca assumiu o Aeroporto, por meio de um contrato emergencial, necessário à época, o valor estimado para a execução de serviços de administração e obras, além da manutenção de uma brigada de incêndio no local, era de R$ 4,6 milhões. No entanto, visando à economicidade, os serviços foram realizados por um valor bem abaixo, ou seja, R$ 2,5 milhões, sem prejuízo na qualidade da prestação do serviço público.
— Em julho do ano passado, houve a necessidade de realização de um contrato emergencial, para que o Município não perdesse a administração do Aeroporto Bartolomeu Lisandro, que é de suma importância para o desenvolvimento da cidade e o fomento à economia da região. Na vigência do contrato, realizamos diversas melhorias na parte da infraestrutura, despertando o interesse de grandes empresas que firmaram contrato com a Companhia, para a utilização do espaço, como a Petrobras e a Shell (CHC). Além disso, o emergencial realizado nos propiciou experiência na administração do Aeroporto. Assim, percebemos que a melhor maneira de administrar o aeroporto seria por meio de dois processos distintos: um tratando da parte administrativa, e outro referente à brigada de incêndio. Dessa forma, no novo contrato, referente à parte administrativa, o menor preço proposto foi de R$ 1,5 milhão — explicou Vinícius, ressaltando que “já foi autorizado um estudo, sem custos para o município, com o objetivo de promover estruturação de uma possível parceria público privada, onde o município irá buscar modernizar e eficientizar o Aeroporto com recurso privado, melhorando ainda mais para todos os usuários e consequentemente ajudando o desenvolvimento de Campos”.