A Secretaria Municipal de Saúde, em comum acordo com o Estado, decretou nesta sexta-feira (29), estado de epidemia de chikungunya no município. O anúncio foi feito pela diretora da Vigilância em Saúde, a médica infectologista Andréya Moreira, durante entrevista coletiva na manhã desta sexta, no auditório do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Campos tem 1966 casos da doença notificados. A gestão, desde o início do ano intensificou as ações de combate à doença, que afeta todo o Estado do Rio de Janeiro.
A epidemia foi decretada pelo município por apresentar 300 casos, por cada 100 mil habitantes, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, são realizados cerca de 250 atendimentos diários no Centro de Referência em Doenças Imuno-infecciosas (CRDI) e a rede está preparada para atender à população, que também pode se dirigir às unidades básicas de saúde e aos hospitais Ferreira Machado e Geral de Guarus.
— Os casos notificados são divulgados ao Estado pela Vigilância em Saúde para entrarem no sistema estadual. Existe uma demora para essa entrada no sistema devido a todo Estado apresentar índice alto de chikungunya. A epidemia só pode ser decretada quando o número de notificações ultrapassa o número de 1.500. Mas desde as últimas semanas a situação já vinha sendo tratada como surto epidêmico — explicou a diretora da Vigilância em Saúde, Andreya Moreira.
A subsecretária de Atenção Básica, Cintia Ferrini destacou que, desde o início da gestão a secretaria estava preocupada com o possível aumento de casos das doenças transmitidas pelo aedes aegypti. "Intensificamos nossas ações junto a secretaria de Desenvolvimento Ambiental para solucionar o problema. Várias reuniões foram feitas pelo Comitê de Arboviroses para debatermos as estratégias a serem tomadas".
Ainda durante a coletiva, o diretor do CCZ, Marcelo Sales, ressaltou que os mutirões vão continuar e ressaltou a importância da Campanha 10 minutos contra o Aedes aegypti. Os reservatórios mais comuns com identificação de focos do mosquito, durante as ações, são: bebedouro de animais e vasos de planta. Nesta sexta, equipes do CCZ estão nos bairros: Parque São Benedito, Parque Aurora, João Maria, João Seixas, São Lino e Rui Barbosa.
— Nosso trabalho com os mutirões continua e mais intensificado. Agora, contamos ainda mais com o apoio da população para receber nossos agentes em suas residências. Estamos vivendo uma epidemia e essa luta é de todos nós. Os bairros de maior índice apontado pelo último Lira são Donana, Oliveira Botelho, Turfe Clube, Leopoldina, Fazendinha, Dom Bosco, Pecuária, São Clemente, Santo Antônio, Salo Brand e Santa Rosa - explicou.
O secretário de Desenvolvimento Ambiental e Limpeza Pública, Leonardo Barreto concluiu enfatizando que foram notificadas cerca de 500 residências em que os moradores estavam descartando lixo doméstico de forma irregular.
- Vamos continuar intensificando nossas ações em conjunto com a Secretaria de Saúde e a equipe do CCZ para fazer com que estes números reduzam. Precisamos muito do apoio e conscientização da população, que também precisa fazer a sua parte - disse.
Com o aumento do número de casos da doença, a rede também está ampliando o número de exames laboratoriais para o melhor atendimento à população. Os medicamentos necessários para o tratamento da dhikungunya podem ser adquiridos pelos pacientes mediante receita médica, nas farmácias polos disponibilizadas pela SMS nas unidades: Alair Ferreira, UPH Travessão, PU de Guarus, Centro de Saúde de Guarus, UPH Morro do Coco, UPH Santo Eduardo, CRTCA 1, CRTCA 2, Programa DST Aids, Penha, Hospital São José, Tocos, Baixa Grande, Farol, Jamil Abido, Ururaí e Casa de Convivência do Parque Tamandaré.
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