O inovador projeto da futura Central de Abastecimento de Campos (Ceascam) – Polo Agroalimentar do Norte e Noroeste Fluminenses está em vias de sair do papel e, com isso, a cidade dá mais um importante passo na Caravana Campos para Além dos Royalties. Uma das iniciativas mais marcantes da atual gestão da Prefeitura deve impactar não somente quem vive do campo, com novas oportunidades e negócios, mas também diretamente toda a população, que irá sentir no bolso a queda de 20% estimada no preço de produtos hortifrutigranjeiros e o aumento de 80% da oferta destes alimentos. Com a primeira etapa das obras estimadas em R$ 1 milhão prevista para começar em junho e ser entregue até dezembro, a espera pela reativação do espaço, fechado há mais de 20 anos, chega ao fim e traz um novo formato.
A primeira etapa das obras compreende a reforma do Pavilhão 1, que tem 2,3 mil m², reestruturação do prédio administrativo, adaptação para as novas necessidades do espaço, como pelo menos duas agências bancárias — fundamentais, já que os negócios nos Ceasas são feitos em dinheiro —, salas de reunião, câmeras de 360º em toda a área e central de monitoramento, segurança particular, telões de cotação dos produtos em outras centrais de abastecimento, iluminação especial, banheiros acessíveis, estacionamento para os caminhões, estacionamento de carros de passeio, posto médico com ambulância de plantão, DPO da Polícia Militar, brigada anti-incêndio, e um Pavilhão Extra, que será construído especialmente para os pequenos produtores rurais, que terá também banheiros próprios e acessíveis e abrigará espaço para um restaurante. Esta fase será licitada em sistema de pregão até o final de junho (edição: texto atualizado em 21/05).
O subsecretário de Desenvolvimento Econômico, Alfredo Dieguez, que faz parte da Comissão Especial montada pela Prefeitura para tratar do assunto, enfatiza que a administração e custeio do Ceascam será autossuficiente e vai atender uma demanda de mercado.
— Desde que começamos a realizar os estudos para o projeto de Campos, temos recebido contato de distribuidores de alimentos e produtores. É realmente um ponto estratégico do Estado do Rio e que terá uma estrutura planejada a partir de estudos e pesquisas sérias que vemos fazendo na Comissão, desde visitas de campo a análise de mercado, como direcionado pelo prefeito Rafael Diniz — analisa Dieguez.
O chefe de gabinete do Desenvolvimento Econômico, Maurício Nani, explica que a segunda fase das obras, que ampliará os benefícios oferecidos no espaço, deve começar logo em seguida, com verba federal e de emendas parlamentares.
— A Ceascam será uma cidade. O espaço terá comprometimento com políticas públicas alimentares, assim como acontece nas mais modernas centrais de abastecimento no mundo, que são Polos Agroalimentares — explica Nani.
O secretário de Agricultura, Nildo Cardoso, complementa que além de atender uma demanda de mercado, a Central trabalha a potencialidade do município: agricultura.
— Temos total ciência de que este projeto é de extrema importância para o futuro de Campos e da população. Está acima de qualquer partidarismo e ficará o legado por muitas décadas. Faz parte dos esforços do prefeito Rafael Diniz e dessa nova gestão fomentar Campos para além dos royalties do petróleo e a potencialidade de Campos é agricultura — enfatiza.