O prefeito Rafael Diniz participou, nesta terça-feira (20), na representação Norte Fluminense da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan-NF), de reunião de trabalho para debater a construção do contorno da BR-101 entre os quilômetros 55 e 84 da rodovia. A proposta é tirar da área urbana de Campos, o tráfego pesado de veículos que cortam o município pela rodovia, umas das mais movimentadas do país.
O encontro foi organizado pelo Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Norte e Noroeste Fluminense (Cidennf), Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan/Norte Fluminense), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL/Campos), Associação Comercial e Industrial de Campos (Acic), Associação de Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa (Carjopa), Serviços de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio de Janeiro (Sebrae/RJ), Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Instituto Federal Fluminense (IFF) em continuidade ao Seminário de Desenvolvimento Regional realizado em maio.
Entre as autoridades e representantes de diferentes órgãos e entidades que acompanham o processo, estava o superintendente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marcelo Alcides, vindo de Brasília especialmente para a reunião, e o gerente de Investimento da Arteris, controladora da concessionária Autopista Fluminense, Alisson Freire. O prefeito Rafael Diniz, que também é presidente do Cidennf, destacou a importância da reunião.
— É mais um relevante passo para a construção desse contorno, reivindicado há tantos anos. Tenho negociado pessoalmente em Brasília a celeridade desse processo e acreditamos que vamos conseguir agilizar o que é mais viável para nossa região — explicou o prefeito, em referência ao projeto funcional já enviado pela Arteris à ANTT, como parte do processo.
Marcelo Alcides lembrou que o contorno em Campos será uma das três maiores obras do gênero no país, junto com outros dois contornos: o de Florianópolis-SC e o de Curitiba-PR. E que dentro do atual projeto funcional, a viabilidade é maior. “O outro projeto, com área mais ampla e pista com faixas duplas, demandaria novos estudos e maiores custos, inclusive com desapropriações, o que acarretaria em custos maiores e maior prazo de conclusão”, explicou.
O projeto funcional foi mostrado em projeção de slide e participantes apresentaram sugestões de alteração para “fechar” o projeto executivo, com destaque para a inclusão de “alças” ligando o contorno a vias importantes da região, como a BR-356, de acesso ao Noroeste Fluminense, e a RJ-158, de ligação a São Fidélis e Região Serrana.
Rafael Diniz sugeriu a formação de um grupo para incluir as alterações no projeto e encaminhar à ANTT ainda na próxima semana. Os indicados foram: Leonardo Barreto, secretário municipal de Desenvolvimento Ambiental; Vinicius Vieira, presidente da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca); Fernando Aguiar, presidente da Firjan/Norte Fluminense; o engenheiro Sérgio Mansur e um representante da Câmara Municipal.
Alisson Freire calculou que até as obras começarem, todo o processo, incluindo o fechamento do projeto executivo, os licenciamentos ambientais e as desapropriações, deve durar cerca de 24 meses. “É um prazo considerado bom. Já o período de construção deve durar 36 meses”, avaliou, acrescentando que as obras devem custar cerca de R$ 150 milhões.
Além de Vinícius Vieira e Mansur, também presentes, participaram ainda o presidente da Firjan-NF, Fernando Aguiar; presidente do IMTT, Felipe Quintanilha; coordenadora da ANTT-RJ, Simone Gleiser; presidente da Acic, Leonardo de Castro Abreu; o presidente da AIC-Guarus, Lucas Vieira; o presidente da Fundenor, Heraldo Bacelar; o vereador Genásio; o presidente da CDL, Orlando Portugal; prefeito de Cardoso Moreira, Gilson Siqueira; representante da Rede Petro Bacia de Campos Evandro Capistrano; presidente do Convention Bureau de Macaé, Guilherme Abreu; e o presidente da Acic-Macaé, Aristóteles Clito.