A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social firmou parceria com o Projeto Patrulha Maria da Penha Guardiões da Vida, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que conta com uma equipe especial e viatura identificada pela cor lilás, para atuar, exclusivamente, no acompanhamento à mulher vítima de violência. O projeto foi implantado em Campos pelo 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na última quinta-feira (22) e os militares responsáveis pelo novo serviço participaram de reunião na Secretaria nesta segunda-feira (26) com representantes de diversos departamentos.
O subtenente Maximiliano Freire, a sargento Lenilda Costa e a Cabo Samantha Pessanha participaram da reunião com a diretora jurídica, Pryscila Marins; diretora do Departamento de Proteção Social Especial, Ane Caroline Cardoso; coordenadora da Casa da Mulher Benta Pereira, Leisia Crespo; gerente de Proteção Social Especial de Média Complexidade, Fabiana Teixeira; coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social 2 (CREAS 1), Carla Gomes; superintendente de Justiça e Assistência Judiciária, Mariana Lontra; coordenadora do CREAS 3, Mirela Aparecida; e a representante do CREAS 2, assistente social Jeans Carmem.
- Faremos mensalmente uma reunião de trabalho para que possamos aprimorar ainda mais esse atendimento, expondo as dificuldades encontradas, os avanços, propondo mudanças e parcerias para que as vítimas de violência doméstica sejam amparadas - explicou Pryscila.
Segundo Ane Cardoso, a Patrulha poderá ser acionada sempre que a mulher estiver em risco. "Para a rede socioassistencial será importante para os casos de mulheres que solicitaram acolhimento sigiloso. Acionaremos a Patrulha quando for necessário, sempre priorizando o melhor para a usuária atendida", disse.
De acordo com o subtenente, duas equipes com três militares voluntários cada atuarão de segunda a sábado, das 8h às 18h, promovendo trabalho preventivo com mulheres com medida protetiva. "Nossa atuação tem início a partir do momento em que elas fazem o registro de ocorrência. Vamos oferecer o apoio, acompanhamento e segurança quando ela for ao IML, após o registro, quando for à casa buscar seus pertences, e garantir que, nesse momento, o agressor não a ameace novamente. A própria divulgação desse projeto já é um inibidor para os agressores", ponderou.
Sargento Costa acrescentou que as vítimas terão acesso a um número de telefone celular para que mantenham contato direto com os agentes do Projeto em caso de urgência. "O Projeto representa uma acolhida no momento de fragilidade, chegamos com esperança para elas. Estamos na fase de conhecer os projetos da Prefeitura, de mostrar nosso trabalho e de conhecer a atuação dos órgãos públicos", disse.
A cabo Samantha informou, com base em dados do Juizado da Violência Doméstica, que somente em Campos há cerca de 3 mil medidas protetivas emitidas. "Esse é nosso foco. Garantir que essas medidas não fiquem apenas no papel, mas que sejam cumpridas e garantam a ressocialização e o recomeço para essas mulheres", destacou.