Mais uma vez, a Prefeitura de Campos abriu as portas para o diálogo com os profissionais de Saúde. Em nova rodada de negociações, o prefeito Rafael Diniz e o secretário municipal de Saúde, Abdu Neme, receberam, na tarde desta quinta-feira (29), representantes do Sindicato dos Médicos, Cremerj e CRM. Na ocasião, foram discutidas as contrapropostas da categoria e o prefeito afirmou que a pauta de reivindicações será atendida: “O diálogo sempre existiu. Nunca houve enfrentamento com a categoria. Eu estava aguardando a proposta deles, sem ataques ou divergências”, afirmou o prefeito.
A pauta com as contrapropostas da categoria foi entregue pelos representantes dos médicos na manhã desta quinta ao secretário Abdu Neme, em reunião ocorrida no Hospital Ferreira Machado. Imediatamente, o secretário telefonou para o prefeito e agendou a reunião da tarde. Entre os pontos que serão atendidos, estão: abono das faltas da greve com reposição, regularização do pagamento (a folha salarial está sendo paga integralmente nesta sexta-feira (30)), pagamento dos 50% restantes das gratificações e substituições com possibilidade para pagamento na próxima Participação Especial e manutenção de férias sem custo para o Município, com análises pontuais.
Além disso, também ficou acordada a conjugação de produção com ponto biométrico para aqueles profissionais que atuam em ambulatórios.
— Especificamente sobre a conjugação do ponto biométrico com produtividade, a Prefeitura entendeu que é possível. Os critérios serão definidos posteriormente com o sindicato e secretaria de Saúde — explicou o prefeito.
O secretário de Saúde acredita que o impasse está próximo de uma solução: “As partes concordam que o sistema de Saúde de Campos é sobrecarregado. Atendemos pacientes de outros municípios, além disso a escalada da violência tem trazido um número expressivo de pessoas graves para os hospitais. Os próprios classistas que estavam aqui entendem que precisamos fazer um movimento regional para termos uma solução para a cidade de Campos”, disse Abdu.
Presidente do Sindicato dos Médicos, José Roberto Crespo também saiu otimista com a reunião: “Avançamos nas pautas e vamos levar as questões à assembleia que acontecerá provavelmente nesta sexta-feira. Queremos o mais rápido possível para que possamos resolver”.
Representante do Cremerj, Rogério Bicalho afirmou: “Em relação à parte que cabe ao Cremerj, expliquei ao prefeito o que foi feito e o que será cobrado. Mas o Cremerj não tem intenção de criar caso, interditar nada, apenas para cumprir o que está ali. A situação que está agora precisa ser melhorada. Dr Abdu já conseguiu corrigir grande parte das inconformidades e o prefeito deu carta branca para que ele cumpra as exigências. Acredito que vai resolver”.
Antes mesmo da vistoria do Cremerj e da greve da categoria, a Prefeitura de Campos já vinha fazendo adequações e melhorias na rede municipal de Saúde, com compra de medicamentos e equipamentos, entrega de ambulâncias, reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e inauguração do Hospital São José.
— Independente de qualquer coisa, precisamos continuar com este Pacto pela Saúde, que é adaptar a Saúde de Campos a esta nova realidade financeira. Não adianta o prefeito ou o secretário fazerem sozinhos. Tem que ser o prefeito, o secretário, o CRM, o Sindicato e todos os profissionais da Saúde — finalizou.