Notícia no detalhe
Fórum de Saúde debate “Internação Compulsória”
Por: Edson Cordeiro -
Foto: Tarcísio Nascimento - 05/09/2019 - 19:47:54
O 12º Fórum Intersetorial de Saúde Mental apresentou para debate na tarde desta quinta-feira (5), o tema “Internação Compulsória”, no auditório da Prefeitura. Realizado pela Gerência do Programa de Saúde Mental, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o evento teve como palestrantes a diretora de Alta Complexidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS), Anne Caroline Cardoso; a apoiadora de Saúde Mental do estado para o Norte e Noroeste Fluminense, Célia Martins; e o defensor público Tiago Abud.
Com vasta experiência na assistência social do município, atuando junto à população em situação de rua, Anne Caroline falou da delicadeza da questão.
- É delicado porque não podemos fazer com uma pessoa o que ela não quer. Não é preconizado o recolhimento compulsório de alguém que opta por ficar na rua. Mas temos obtido sucesso em muitos casos, na mudança de vida das pessoas - observou.
Célia Martins falou de mudanças na Lei para a Saúde Mental no Rio que têm permitido a “internação involuntária” e destacou o que considera um “avanço” no financiamento dos custos. “É importante, porque até pouco tempo atrás, os municípios não tinham qualquer apoio. Aqui no Norte Fluminense, apenas Quissamã já conseguiu o credenciamento de quatro leitos”, revelou, reconhecendo que esta não é uma situação que deve ser banalizada.
Tiago Abud se disse satisfeito com o que ouviu, porque também entende que a internação não pode ser vista como a primeira medida. “Temos que observar os laudos, porque não somos técnicos. Em muitos casos, há familiares que internam seus entes para terem acesso a seus bens. E se eles conseguem um laudo, pouco podemos fazer. Mas é gratificante ver que temos na Saúde Mental, profissionais que enfrentam o senso comum”, disse o defensor público.
A gerente do programa de Saúde Mental do município, Elisa Peralva, destacou os avanços obtidos. “Temos que melhorar, mas considerando o quadro que encontramos na Saúde Mental, consideramos que avançamos bastante. Hoje, por exemplo, não temos uma pessoa sequer internada compulsoriamente. É bom destacar que nossa rede já possui leitos, mas esse deve ser um último recurso. Podemos usar, quando considerarmos necessário, mas não como compulsório”, observa Elisa.
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