Em comemoração ao Dia Nacional da Pessoa Idosa, celebrado em 27 de setembro, o Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, promoveu, nesta quarta-feira (25), palestra de prevenção a violações de direitos dos idosos, ministrada pelo coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência, promotor Luís Cláudio Carvalho de Almeida. Aberto pela vice-prefeita, Conceição SantAnna, o evento foi organizado pelas equipes dos Centros de Referência de Assistência Social (CREAS) e aconteceu no auditório da Prefeitura.
A vice-prefeita, que é assistente social e atua há anos em causas voltadas ao cuidado com o idoso, afirmou que o Governo Municipal dispõe de diversos serviços e equipamentos para atender a esse público, a fim de garantir melhores condições de vida aos usuários da melhor idade. "Em nossa rede de assistência, eles são muito bem tratados e recebem assistência integral. Me entristece ver os idosos tendo seus direitos violados. Apesar de ter ficado mais de 20 anos à frente de uma instituição de longa permanência, eu acredito que quem deve cuidar dos idosos são os familiares. Eu tomo conta de três na minha família. A obrigação é nossa. Idoso não quer nada além de carinho, amor e alegria. E isso nosso governo está garantindo. Temos dado o melhor de nós. Agradeço a todos os funcionários que lidam com esse público de forma tão humanizada", destacou.
O promotor falou sobre os avanços, e desafios e princípios da Política da Pessoa Idosa, com base na lei 8894/94. "A família, a sociedade e o Estado devem agir em conjunto para garantir um envelhecimento saudável. A questão do envelhecimento não é relevante apenas aos idosos, e sim, a todos nós. A rede de apoio é muito importante e deveria ser encontrada em nossa família. Mas nem sempre isso ocorre por diversas razões", disse.
O promotor fez, ainda, uma reflexão sobre o papel da família, institucionalização do idoso, envelhecimento ativo, acessibilidade e violência. "Na minha opinião, o asilo não tem que acabar, mas precisa aprimorar, pois muitos idosos não têm outra opção. Os asilos precisam dar condições para que eles convivam em sociedade. Quanto aos casos de violências, os mais comuns são o abandono, violência psicológica e financeira. Mas, há ainda a física e a sexual, por exemplo", comentou.
Com base em pesquisa do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (2018), ele revelou que o número de vítimas mulheres idosas é maior do que de homens. Além disso, "de cerca de 2.800 casos de violências, 2.700 aproximadamente aconteceram dentro de casa. E as políticas públicas precisam ser pensadas nesse caminho: o da prevenção", orientou.
Representando o secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Marcão Gomes, a diretora do DPSE, Anne Caroline Cardoso, falou sobre a rede de atendimento de assistência social do município que inclui a rede de Proteção Social Básica, com o Serviço de Convivência de Fortalecimento de Vínculos (SCFV), que atende, por exemplo, 174 idosos no momento.
"Temos os CREAS, com atendimento especializado em prevenção à violação de direitos, que, no primeiro semestre deste ano, acompanhou 24 idosos. Há, ainda, o Centro Dia e o Asilo do Carmo, que é um serviço de acolhimento institucional e recebe um cofinanciamento de R$ 54.450,00/mês da nossa Secretaria. Ou seja, uma ampla rede de atendimento e nossa vontade é sempre avançar mais" informou Anne.
A superintendente do Envelhecimento Saudável e Ativo, Heloísa Landim, apresentou um panorama do que o governo vem desenvolvendo em prol das políticas públicas junto à rede de proteção social. "Atendemos a 35 mil idosos em nossa Superintendência, com cultura, saúde, lazer, esporte e entretenimento. Agradeço a todos os idosos por confiarem neste Governo e a todos os nossos colaboradores que formam uma equipe dinâmica, disposta e com toda garra e competência em suas habilidades auxiliam nossos idosos, que ficaram à margem desse processo por tantos anos, antes da Gestão Rafael Diniz/Conceição SantAnna", disse.
Antônio Moreno Silva participou do evento e elogiou o atendimento da Prefeitura. "Eu moro em Duque de Caxias, mas acompanho minha irmã Filadélfia Cassandra Silva aqui em Campos, e sempre que posso venho ajudá-la. Ela é assistida no CREAS 1 e encontrei lá um grande apoio. São pessoas muito generosas, atenciosas e preocupadas com a situação dela", afirmou.
O evento contou, ainda, com apresentação do Coral Doce Canto da Casa de Convivência do Parque Tamandaré e do professor de Coral e Orquestra de Violões, Luiz Fernando Rocha. A Câmara Municipal de Campos foi representada pelo vereador Paulo César Genásio. A servidora pública, médica geriatra e uma das maiores autoridades de Campos no assunto, Débora Casarsa, também marcou presença.